O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que se escandaliza com "as ações injustas" das autoridades iranianas ao enfrentar os protestos em massa da oposição por suposta fraude na eleição que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Em entrevista coletiva em Washington, Obama rejeitou as acusações iranianas de que os EUA interferem em assuntos internos do país e fez um apelo a Teerã para governar "por consenso, não pela força".
O democrata pediu ainda que o Irã pare de acusar os países ocidentais de estarem na origem das manifestações --acusação que rendeu tensão diplomática entre Irã e Reino Unido e a expulsão de diplomatas britânicos e iranianos.
Obama fez questão de ressaltar que respeita a soberania iraniana e que mantém o caminho para o diálogo bilateral aberto.
"Nós fornecemos um caminho no qual o Irã pode alcançar a comunidade internacional, se engajar e fazer parte das normas internacionais", disse. "Cabe a eles tomar a decisão de seguir este caminho", completou Obama, ressaltando que, até o momento, o que viu não é encorajador.