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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Governo de SP quer reunião com manifestantes antes de novo protesto

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou neste domingo (16) que irá convidar lideranças e manifestantes envolvidos nos recentes protestos na capital para uma reunião, na manhã da próxima segunda-feira (17). De acordo com o secretário Fernando Grella, o encontro marcado para as 10h pretende garantir uma manifestação pacífica no fim da tarde de segunda-feira, conforme previsto pelos manifestantes. Grupos paulistas protestam desde o início deste mês contra o último aumento da tarifa do transporte na cidade.


"Acreditamos em uma reunião pacífica", disse Grella, durante entrevista coletiva neste domingo. "Acreditamos que temos condições de organizar essa manifestação. Nós acreditamos que não vai haver necessidade de usar o Choque amanhã. Vamos dar garantia para que o movimento aconteça de forma ordenada", afirmou.

Segundo o secretário, o convite para que as lideranças do Movimento Passe Livre (MPL) participem desta reunião será oficializado ainda neste domingo, a fim de organizar uma passeata pacífica, em que a polícia cuide apenas do policiamento do protesto. O G1 entrou em contato com a organização do MPL e aguarda o posicionamento do grupo sobre o convite.

Na última quinta-feira (13), o protesto ocorrido na região da Avenida Paulista deixou dezenas de feridos e mais de 200 detidos. Houve confronto entre policiais e manifestantes e jornalistas também foram atingidos por balas de borracha. Um grupo que protestava contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô na cidade foi reprimido com bombas de efeito moral, gás e balas de borracha ao tentar seguir em direção à Avenida Paulista. De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes descumpriram um acordo para não subirem pela avenida, o que teria ocasionado a reação policial.

Para o protesto marcado para segunda-feira, o objetivo da Secretaria de Segurança Pública é evitar excessos, segundo o secretário. "Não vai haver necessidade de usar o Choque. Acreditamos que não vai ser necessário, que a manifestação será pacifica. Vamos dar a garantia para que a manifestação ocorra de maneira organizada. Eles também têm esse interesse."

"São Paulo não quer violência. A esmagadora maioria quer apenas expressar os seus direitos. Queremos avisar a população qual será o trajeto para que quem não queira participar possa se planejar", explicou Grella. O secretário disse ainda que "ninguém vai ser preso por porte de vinagre amanhã". Também participou da entrevista deste domingo o comandante da Polícia Militar (PM) de São Paulo, Benedito Meira.

Perfil dos manifestantes

Durante a entrevista deste domingo, Grella e Meira negaram a existência de investigações sobre grupos punks que estariam sendo convocados para integrar os protestos na capital. O levantamento integraria um suposto relatório produzido pelo serviço secreto da Polícia Militar de São Paulo, mas a informação foi negada pelas autoridades.

"A polícia não faz mapeamento de nenhum grupo nas manifestações", disse Meira. O comandante confirmou a presença de policiais à paisana durante os atos de protesto, mas disse que sua função seria fiscalizar e controlar a ação da própria corporação, “não para bisbilhotar a vida alheia”, segundo afirmou.
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