O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira (19) que o país “contempla um pouco atônito” as manifestações que se alastraram pelas cidades nos últimos dias.

“Nosso país contempla um pouco atônito ainda toda essa emergência, todo esse surgimento de um amplo processo de massas, de mobilização, de movimentação, de reivindicação, de luta, em relação ao qual nós temos que ter a generosidade de saber ouvir”, disse.

Carvalho discursou durante o evento Diálogos Governo-Sociedade Civil, no Palácio do Planalto, sobre o Fundo Amazônia. Ele afirmou que os governantes devem entender as demandas dos jovens para não serem “atropelados pela história”.

“Nós que lutamos tanto contra a exclusão vemos esse mesmo setor [juventude] - que foi de alguma forma beneficiado por essas políticas - querer mais, e mais e mais, e é legítimo. Nós temos que entender isso, senão seremos atropelados pela história”, afirmou.

O ministro disse que o país vive um “reposicionamento da sociedade”, que exige participar ativamente do governo. “É extremamente saudável que a juventude esteja manifestando nestes dias esse desejo, mais do que desejo, esse imperativo de participar, de dar conta e de exigência de um novo padrão de vida”, afirmou.

Nesta terça-feira (18), a presidente Dilma Rousseff manifestou opinião semelhante ao dizer que o governo “ouve vozes pela mudança”. “As vozes das ruas querem mais. O meu governo também quer mais”, afirmou a presidente.

Gilberto Carvalho condenou aqueles que “se aproveitam para promover uma série de violências”. “Não podemos endossar, nem aprovar [violências]. Pelo contrário, temos que mobilizar os setores mais amplos pra tentar conter as manifestações que são indevidas”, afirmou o ministro