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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Brasil

Jarbas diz que Sarney distorceu informações sobre suposta espionagem

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) criticou nesta terça-feira a rapidez com que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu investigar a suposta espionagem contra ele, que teria sido articulada por setores do PMDB. Da tribuna do Senado, Jarbas disse que Sarney distorceu os fatos ao solicitar para o Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República as investigações sobre o suposto grampo.


"Foi com surpresa que, ao chegar a Brasília, constatei a agilidade do presidente Sarney em provocar não só a Polícia Federal, como também o Ministério Público e a Corregedoria do Senado que, com rapidez digna de registro, instaurou sindicância e comunicou o fato ao meu gabinete antes mesmo da leitura do ofício em plenário", afirmou.

Jarbas disse que o ofício encaminhados por Sarney à PGR e ao Ministério da Justiça com o pedido de investigações "não retrata a verdade dos fatos". O peemedebista disse que Sarney distorceu sua entrevista à revista "Veja", na qual o senador disse desconfiar ser alvo de espionagem supostamente promovida por integrantes de seu partido --que teriam contratado os serviços de uma empresa privada para fazer escutas telefônicas, vasculhar sua vida e acompanhar seus passos.

"Não fiz essa declaração, não citei o partido, sua direção ou qualquer dos seus integrantes, apesar de haver sido ameaçado publicamente por vários deles. Só acusaria alguém se possuísse provas e custo a acreditar que tal iniciativa pudesse ter origem no Senado Federal", afirmou.

Jarbas disse que foi procurado na sexta-feira, em seu gabinete, pelo diretor da Kroll no Brasil, Eduardo Gomide, que negou qualquer envolvimento no caso da suposta espionagem. Na entrevista à Veja, o senador disse que o objetivo da espionagem seria "desqualificar suas denúncias" --que fez antes do Carnaval-- sobre o partido.

O senador disse que decidiu procurar a revista porque foi procurado por um especialista em inteligência do Estado de Pernambuco que teria sido contratado por uma "empresa internacional, famosa por seu envolvimento em litígios corporativos", para investigá-lo. "Quando ele soube que eu era alvo do contrato, ele preferiu não aceitar a missão. Concedi a entrevista com um único objetivo: proteger-me do jogo rasteiro dos meus obscuros adversários", afirmou.

Agilidade

Sobre a rapidez com que Sarney determinou a investigação dos fatos, Jarbas disse esperar que todos os parlamentares contem com o "interesse da presidência do Senado em usar de todos os instrumentos a seu alcance para restabelecer a verdade dos fatos quando integrantes desta Casa e seus familiares mais próximos forem vítimas de escuta clandestina". 

Jarbas solicitou informações à presidência do Senado sobre os episódios de suposta espionagem ao afirmar que a Casa Legislativa "só tem legitimidade para questionar ações que ocorram fora desta Casa quando apresentar à opinião pública, com absoluta transparência, um desfecho" para outros casos envolvendo parlamentares -como os autores do grampo que flagraram conversa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.

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