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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Após redução de tarifas, 10 capitais têm protestos contra PEC 37

Foto: Mauro Pimentel / Terra

Após redução de tarifas, 10 capitais têm protestos contra PEC 37
Pelo menos 10 capitais têm manifestações programadas para este final de semana no País. Depois da redução da tarifa, o que domina os movimentos agora é protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público. Em Salvador, o Movimento Brasil Melhor divulgou que a concentração será a partir do meio-dia, na praça em frente ao shopping Iguatemi, na avenida Tancredo Neves, Caminho das Árvores. A rota da passeata será divulgada no local. No Recife (PE), há concentração às 15h com saída às 16h na praça do Derby e deslocamento até o marco zero, pela avenida Conde da Boa Vista. Em Curitiba (PR), o evento está marcado para começar às 10h, no lugar conhecido como Boca Maldita, na rua Luiz Xavier. Na capital paulista, o ato será às 15h no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista. Em Brasília, será às 14h na praça dos Três Poderes. A população de Maceió (AL) organizou a manifestação para as 15h, na praça Multi Eventos. Também há atos previstos hoje em Belém (PA) e Aracaju (SE). No Rio de Janeiro, o movimento se reúne às 16h de domingo, em Copacabana, no Posto Quatro da avenida Atlântica. No mesmo dia, ocorre protesto em Belo Horizonte, às 14h, com concentração na praça Sete de Setembro. Um grupo também divulgou para amanhã um piquenique na praça do Papa, às 17h, na capital mineira. Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido. A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia. A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
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