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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Goiás

Família de goiano morto no mar do Caribe quer trazer corpo para o Brasil

O drama da família do goiano morto no Caribe ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos continua.

O drama da família do goiano morto no Caribe ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos continua. Após a morte de Eurico Barbosa Martins, de 37 anos, na última segunda-feira (1º), a família luta para trazer o corpo de volta ao Brasil.


Uma lei de Goiás garante que todas as despesas com o traslado das cinzas da vítima para o país sejam pagas pelo governo. Porém, a família não aceita a cremação. “Não quero receber ele em cinzas, quero o corpo do meu marido”, afirma a mulher da vítima, Mônica Martins.

Neste caso, a mesma lei determina que apenas parte das despesas pode ser custeada pelo governo. Segundo a mulher, a família não tem dinheiro para pagar o translado. “Espero que o estado me ajude a trazer o corpo do meu marido para eu poder sepulta-lo”.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais de Goiás, Eli Chidiac, existe a possibilidade de a Força Aérea Brasileira (FAB) fazer o translado do corpo ao Brasil. Um avião da FAB que está em missão e deve retornar ao país nos próximos dez dias pode ter a rota desviada para a Ilha de San Martin, no Caribe.

Porém, o desvio depende de aprovação dos governantes da Ilha. “Estou negociando com o governo de San Martin se eles vão liberar o pouso de um avião militar brasileiro”, afirma Chidiac. O território da ilha é compartilhado entre dois países, a França e os Países Baixos.

Naufrágio
O goiano está entre as vítimas do acidente com um bote, que virou na madrugada da última segunda-feira (1º), no mar do Caribe. Segundo um cunhado, o técnico em radiologia Sérgio Salazar, Eurico e outros imigrantes que tentavam entrar nos Estados Unidos foram enganados e roubados pelos chamados coiotes, que levam pessoas ilegalmente para o território norte-americano.

O bote virou em alto-mar próximo à Ilha de Saint Martin, território francês e holandês no Caribe. A família só ficou sabendo da morte na madrugada de quarta-feira (3) porque Eurico tinha um amigo que viu a história na TV.

O corretor morava em Aparecida de Goiânia e saiu de Goiânia há 15 dias. Falou com a mulher pela última vez na sexta-feira (28) e disse que estava indo para os EUA. O corretor deixa uma filha de 1 ano.

Eurico já havia morado nos EUA, de 1998 a 2008, trabalhando no construção civil. Da primeira vez, ele entrou ilegalmente por terra, pelo México. Dessa vez, decidiu ir pelo mar. "Ele sabia que tinha riscos, mas não que poderia morrer. Ele pensou até que poderia ser deportado, mas nunca que acontecesse algo tão grave assim", lamenta Salazar.
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