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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Após perder uma filha e ter outra ferida na Kiss, mulher morre no RS

Morreu na noite de quinta-feira (27) a mãe de duas meninas que estavam na boate Kiss na noite do dia 27 de janeiro, quando um incêndio matou 242 pessoas em Santa Maria. Ela estava internada no Hospital Universitário no município da Região Central do Rio Grande do Sul, com câncer, segundo Adherbal Ferreira, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria (AVTSM).


A mulher morreu dois dias depois que a filha Ritchieli Pedroso Lucas recebeu alta no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, onde estava internada há cinco meses. A outra filha, Drieli, morreu dias após a tragédia, no Hospital Mãe de Deus.

O velório está sendo realizado nesta sexta-feira (5) na capela 1 do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria.

No dia 12 de junho, ainda quando estava internada no Hospital Mãe de Deus, a menina Ritchieli Pedroso Lucas recebeu a visita do jogador Leandro Damião, do Inter.

Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.

O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.

As primeiras audiências do processo criminal foram marcadas para o fim de junho. Paralelamente, outras investigações apuram o caso. Na Câmara dos Vereadores da Santa Maria, uma CPI analisa o papel da prefeitura e tem prazo para ser concluída até 1º de julho. O Ministério Público ainda realiza um inquérito civil para verificar se houve improbidade administrativa na concessão de alvará e na fiscalização da boate Kiss.

Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas
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