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Sábado, 20 de julho de 2024

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Dilma reúne conselheiros políticos em sua residência oficial

Em meio a uma crise política motivada inicialmente pela onde de protestos contra a corrupção e por melhorias de serviços públicos, a presidente Dilma Rousseff convoca, pelo segundo fim de semana seguido, uma reunião com ministros próximos. Neste sábado, na Granja do Torto, Dilma conta com a presença de conselheiros políticos.


Pela manhã, a presidente reuniu os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante. No último domingo, Dilma reuniu outros ministros e ao longo da semana anunciou uma rodada de conversas com diversos setores da sociedade. O jornalista e ex-ministro da Comunicação Social durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Franklin Martins, também esteve presente na reunião.

No momento, um dos assuntos que mais vem movimentando o Planalto é o plebiscito para a reforma política. Apesar de convocações para consultas populares serem uma atribuição do Congresso Nacional, Dilma vem encampando uma proposta para que novas regras eleitorais já passem a vigorar no pleito de 2014, mesmo que o plebiscito tenha de ser realizado a toque de caixa.

Para "afinar" a base aliada, Dilma convocou na sexta-feira o PT, para tratar sobre a articulação na Câmara dos Deputados. Na próxima semana ele deve falar com senadores. A presidente quer evitar mais fogo amigo em meio a uma crise de popularidade que já lhe tirou 27 pontos percentuais de aprovação a pouco mais de um ano para a eleição em outubro de 2014.

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
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