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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Polícia faz 3 últimas oitivas antes da reconstituição da morte de Daleste

A Polícia Civil de Campinas (SP) realizou, na tarde desta quarta-feira (17), os três últimos depoimentos antes da reconstituição do assassinato do funkeiro MC Daleste, que foi baleado enquanto cantava em uma festa na periferia de Campinas (SP) no dia 6 de julho. A reconstrução da cena do crime está prevista para ocorrer na manhã desta quinta-feira (18).


Entre as testemunhas que falaram à Polícia Civil nesta tarde estava o responsável pelas barracas de alimentação e montagem do parque diversões da quermesse onde o músico tocava na noite em que foi morto, no bairro San Martin. De acordo com o advogado, o depoente não estava presente no local no dia do ocorrido e, por tanto, não presenciou o crime.

Uma das hipóteses para a morte seria um desentendimento de Daleste com a organização da festa. O depoente disse não ter conhecimento do fato. Uma funcionária dele, que trabalhava em uma banca de comida quando o homicídio aconteceu, foi a segunda a falar e, de acordo com o mesmo advogado, que também defende a mulher, ela trabalhava em um local que não dava vista para o palco e só percebeu o corre-corre depois que tudo já tinha acontecido.

Com relação à terceira testemunha, o delegado titular do caso, Rui Pegolo, disse que manterá em sigilo sua identidade para não comprometer o andamento das investigações. De acordo com Pegolo, ainda não há previsão de novos depoimentos, e nenhuma das hipóteses para o crime está descartada. Além da linha de investigação que aponta um desentendimento entre o músico e organizadores, a polícia também trabalha com a possibilidade de um crime passional.

Reconstituição
A Polícia Civil determinou, na segunda-feira (15), que fosse feita a reconstituição do crime. Segundo o diretor do Instituto de Criminalística (IC), Nelson Patrocínio da Silva, participarão da atividade um desenhista, um fotógrafo, peritos e investigadores. A intenção é tentar definir a linha de investigação e realizar o croqui (desenho) para conhecer as trajetórias exatas dos disparos.

Complexo
Um laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), também na segunda, indicou que o cantor Daniel Pellegrine, de 20 anos, foi atingido por dois tiros enquanto se apresentava no bairro San Martin. Segundo o documento do instituto, um dos disparos atingiu o MC de raspão, causando uma queimadura na axila direita. O segundo projétil teria transfixado o corpo do funkeiro pela região abdominal e atingiu o estômago, o fígado e pulmão direito dele. Após o ferimento, segundo os peritos, houve sangramento e a causa da morte foi uma anemia aguda.


Desde a abertura do inquérito, a polícia já recebeu pelo menos 100 denúncias feitas por meio de vídeos ou mensagens. Embora o número seja expressivo, Pegolo disse que elas ainda não apontaram para um suspeito. Com as análises feitas até o momento, ele acredita que o atirador não estava entre os fãs, tenha estudado o local do show e feito o disparo em diagonal, a 20 ou 30 metros do palco. "Houve um crime complexo. Precisamos desvendar", disse o policial.

Peritos do Instituto de Crimanilística (IC) seguem analisando as imagens gravadas por fãs que estavam na apresentação. Fotos ou vídeos podem ser encaminhados para o email da polícia, enquanto informações podem ser fornecidas pelo pelo Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é assegurado.

Na primeira semana de investigações, 15 testemunhas entre parentes da vítima, representantes da associação do bairro e um organizador da festa foram ouvidos no Setor de Homicídios. A série foi interrompida na sexta-feira (12), por causa de diligências feitas pelos investigadores no bairro onde o funkeiro foi baleado.
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