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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Tripulante é denunciado por asfixiar e matar jovem dentro de cruzeiro

O garçom Bruno Souza Bicalho Vale Ricardo foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), em Santos, pelo homicídio de Camilla Peixoto Bandeira, de 28 anos, que foi encontrada morta na cabine do navio de cruzeiro MSC Música, em Santos, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu em janeiro de 2010 e os dois tinham um relacionamento amoroso.


Bruno e Camilla eram tripulantes do navio MSC Música e colegas de cabine. De acordo com a denúncia, Bruno asfixiou Camilla por volta das 9h. Bruno tinha ciúmes de Camilla e receio de que ela terminasse o relacionamento entre os dois. A jovem tinha decidido romper com Bruno e desembarcaria do navio no próximo porto de parada, o Porto de Santos.

De acordo com a denúncia, Bruno saiu de seu posto de trabalho e foi até a cabine que os dois dividiam. Camilla estava de folga naquela manhã, usava um pijama e tinha acabado de acordar quando Bruno chegou na cabine. Ele asfixiou a jovem sem que ela pudesse se defender. Em razão da ação direta, Camilla veio a óbito. Depois de asfixiar Camilla, Bruno voltou ao seu posto de trabalho, entregou alguns sucos a pedido de hóspedes e retornou à cabine que dividia com Camilla. Por volta das 9h42, ele telefonou para a recepção do navio para informar o ocorrido. A enfermeira, o capitão e o imediato do navio, então, se dirigiram para o local, mas encontraram Camilla morta. De acordo com os socorristas, a vítima estava “praticamente sentada e com o ombro direito contra a parede”. Bruno disse que Camilla havia cometido suicídio e ela teria se enforcado com um lençol. Quando deparou com o lençol no pescoço dela, ele retirou Camilla daquela posição e realizou procedimentos de “massagem cardíaca”.

As testemunhas que chegaram ao local depois do telefonema de Bruno negam ter visto o lençol. Ainda segundo a denúncia, Camilla foi encontrada praticamente sentada, posição que impossibilitaria a qualquer procedimento de ressuscitação.

Ainda de acordo com a denúncia do MPF, a discrepância entre a versão apresentada por Bruno e a realidade descrita pelas das testemunhas e após a reconstituição dos fatos mostra o erro na fala de Bruno. Além disso, “a prova técnica obtida no curso das investigações também indica para a consistente improbabilidade de ocorrência de enforcamento”.

Segundo o MPF, Bruno agiu de “forma consciente, livre e voluntária” e “matou, por motivo fútil, com emprego de asfixia e valendo-se de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima”. Bruno Souza foi denunciado pela prática do crime de homicídio qualificado.
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