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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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“Sandro é um psicopata”, diz irmã de Bianca Consoli e ex-mulher de acusado

Daiana Consoli, irmã de Bianca, assassinada em 2011, diz que Sandro Dota, acusado de estuprar e matar a universitária de 19 anos, nunca vai confessar o crime e vai morrer negando.


— Para mim, ele é um psicopata que acredita na própria mentira. Mas ele sabe o que fez com minha irmã.

Casada com Sandro à época do crime, em setembro de 2011, Daiana diz que já está separada legalmente do ex-marido.

— Pra mim, ele morreu. Eu já me divorciei legalmente. Ele não assinou, mas o juiz, sim. Graças a Deus, eu já estou livre do Sandro.

O julgamento do motoboy começou nesta terça-feira (23), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Dota, que irá a júri popular, responde por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) e por estupro. No início das investigações, Daiana acreditou na versão de que Sandro era inocente.

— Minha ficha só caiu quando ele foi preso; até então, eu tomava calmante, que ele me dava. Eu não assistia a reportagens sobre o caso e ele conseguiu me afastar de toda minha família. Ele arrumou outra casa e a gente se mudou.

O crime

O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011.

Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia. Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus.

Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a estudante.

As investigações apontaram o motoboy Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.

O motoboy nega as acusações e se diz inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.

Em agosto do ano passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para a polícia, o crime teve motivação sexual.
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