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Sábado, 18 de maio de 2024

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Megane RS

Primeiras impressões: Renault Megane RS

Ainda reticente sobre a comercialização do Megane R.S. no mercado nacional, a Renault apresentou o esportivo à imprensa especializada na última quarta-feira (7), como uma espécie de último "aval" para que, enfim, dê início à importação do hatch produzido em Palencia, Espanha.

Ainda reticente sobre a comercialização do Megane R.S. no mercado nacional, a Renault apresentou o esportivo à imprensa especializada na última quarta-feira (7), como uma espécie de último "aval" para que, enfim, dê início à importação do hatch produzido em Palencia, Espanha.


O próprio questionário oferecido aos jornalistas perguntava até mesmo qual a faixa de preço ao redor da qual o esportivo deveria orbitar: R$ 80 mil a R$ 100 mil, R$ 100 mil a R$ 130 mil, R$ 130 mil a R$ 160 mil (onde ele provavelmente ficará) e acima de R$ 160 mil.

Segundo Glaucia Krefer, gerente de marketing da Renault, detalhes como capacidade e treinamento da rede autorizada, publicidade e previsão de rentabilidade (entre outros fatores) estão sendo estudados cautelosamente.
concorrentes Renault Megane R.S.

Se emitido o "passaporte" do Megane R.S. para o Brasil, restará à empresa definir qual versão virá, ou qual a proporção de cada uma, caso venham as duas – Sport e Cup. "Ainda vamos analisar se vale a pena trazer as duas configurações, ou se apenas a Cup seria suficiente", explica Glaucia. A Renault espera anunciar qual o veredicto sobre o modelo até dezembro.
Sport x Cup
Lançado em 2004, o Megane R.S. (que, na França, leva acento no Mégane) é fruto da divisão Renault Sport, responsável por toda a linha de esportivos e competição (exceto os bólidos da F-1) da marca. Qualquer possível dúvida sobre sua esportividade é evaporada pelo fato de o hatch ser o recordista, desde 2011, do circuito de 21 km de Nordschliefe, em Nürburgring (Alemanha), com o tempo de 8 minutos, 7 segundos e 97 milésimos.

O Megane R.S. se divide nas configurações Sport (chamada de Sport Luxe na França) e Cup, cuja principal diferença está na suspensão mais firme e rebaixada. O motor 2.0 16V (da mesma família do bloco usado no Fluence GT) de 265 cavalos a 5.500 rpm, 36,7 kgfm de torque a 3.000 rpm e com 1,2 bar de pressão no turbo, é o mesmo para as duas versões. O câmbio é manual, de seis marchas, enquanto as rodas são de 18 polegadas – opcionalmente, 19.

A presença do Megane R.S. em terras brasileiras ainda exige adaptação à gasolina daqui, que carrega 25% de etanol em sua composição – enquanto a europeia é mais “pura”. Gustavo Volci, chefe de engenharia de motores, explica que tal ajuste “não prevê perda de potência do motor”, deixando os 265 cv intactos. De acordo com a marca, a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 6 segundos e a velocidade máxima é de 254 km/h.

Tecnologia
Há um respeitável aparato tecnológico que ajuda a justificar o preço acima de R$ 130 mil que deve estampar a etiqueta do Megane R.S. O primeiro é o Renault Sport Dynamic Management, que permite ao ESP (controle de estabilidade) e ao ASR (controle de tração) atuarem em três níveis. No "On", a preocupação dos controles de estabilidade e tração em evitar escapadas de trajetória é total. Na função "Sport", os recursos continuam ativos, porém mais permissivos – é possível "brincar" mais com o balanço do carro. O mapeamento do pedal do acelerador também é modificado; mais sensível, o que melhora a resposta do motor. Por fim, o modo "Off", evidentemente, exclui toda e qualquer assistência, enquanto o pedal fica ainda mais arisco.

Mais interessante é o Renault Sport Monitor, programa que exibe num monitor instalado no painel informações sobre desempenho do motor, pressão do turbo, atuação dos freios, indicação das acelerações lateral e longitudinal, cronômetro e performance de 0 a 100 km/h. Por meio do Sport Monitor também é possível personalizar a resposta do pedal do acelerador: linear, normal, neve, esportivo ou radical.

O indubitável caráter esportivo do Megane R.S. ainda é formado pelos freios Brembo, com pinças de quatro pistões na frente e discos ventilados de 340 mm e 290 mm atrás – ambos ranhurados na versão Cup.

A 215 km/h
O Megane R.S. mostrou do que é capaz em dois exercícios em local fechado, no Aeródromo de Broa, em Itirapina (SP). No primeiro, um circuito montado por cones, composto por duas retas com uma chicane em cada e uma curva, revelou que o carro arranca rápido, tem direção com respostas ariscas e freia com competência.
Na tal curva, no entanto, ficou claro que o melhor modo de explorar seus limites (numa pista, entenda-se bem) é com o Sport Dynamic Management nos modos "Sport" ou "Off", já que, após um leve deslize, o controle de estabilidade entrou em ação, segurando o esportivo mais do que o desejável. Nessa situação, fica clara a vantagem do Cup, mais "pregado" no chão.

O segundo exercício pedia que se disparasse em linha reta com o carro até o limite da pista de pouso e decolagens. A velocidade máxima alcançada pelo G1 foi de 215 km/h, atingida pelo poder de aceleração, engates de câmbio curtos e precisos e ao som do ronco vigoroso do motor.

A cabine tem ótimo espaço frontal, mas aperta os dois corajosos que se aventurarem no banco de trás – especialmente se o Megane R.S. vier com os bancos da frente no tipo concha (opcionais), cuja estrutura limita ainda mais o espaço para os pés. Curiosamente, há interessantes nichos para carteiras e celulares, incomuns para o banco traseiro.

O acabamento é de alto nível, não há o incômodo cheiro que Sandero, Logan e Duster têm e a ergonomia e acesso aos comandos do rádio e ar-condicionado são fáceis para os dois ocupantes da frente.
Conclusão

A estreia do Megane R.S. por aqui é muito provável, mas não certa. A “parceira" Nissan, por exemplo, dispôs a jornalistas uma unidade do Sentra SE-R, há cerca de quatro anos, com o intuito de, quem sabe, trazê-lo para combater o então esportivo máximo do mercado nacional, o Honda Civic Si, mas nunca concretizou essa ideia.
Agora, o cenário é outro, com novos esportivos de semelhante estirpe a caminho do Brasil. O próprio Civic Si deverá voltar, diz a fabricante. E a urgência da Renault em ampliar uma linha de produtos hoje demasiadamente concentrada em modelos da romena Dacia, mais popular, é tão elevada quanto o poder de encantamento do modelo.
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