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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Projeto Educação explica denotação e conotação através do trânsito

Engarrafamentos quilométricos, trânsito infernal e muito tempo perdido são alguns dos problemas enfrentados nas grandes metrópoles brasileiras. Os transtornos dos deslocamentos na cidade...

Engarrafamentos quilométricos, trânsito infernal e muito tempo perdido são alguns dos problemas enfrentados nas grandes metrópoles brasileiras. Os transtornos dos deslocamentos na cidade foram utilizados no Projeto Educação desta quinta-feira (8), para explicar o significado de conotação e denotação, assunto da disciplina de português.


O Recife é detentor de um triste título: a sexta capital no mundo e a terceira no Brasil onde se leva mais tempo no deslocamento de casa para o trabalho. “O que cansa na gente não é o trabalho, é o deslocamento, o trânsito, a espera, as condições dentro do ônibus lotado”, opinou a professora de educação física Cristina Lins.

De acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 12% da população que mora na Região Metropolitana do Recife gasta uma hora, em média, para chegar ao local de trabalho. A pesquisa mostra ainda que, cada vez mais, o brasileiro gasta um tempo maior no trânsito, e tanto faz se ele usa o transporte público ou particular. De 1992 a 2009, o tempo de deslocamento nas áreas metropolitanas do País aumentou 4% para os mais pobres e 15% para os mais ricos.

Na hora de expressar toda a insatisfação, muita gente acaba fazendo comparações, misturando o real e o figurado. É o que chamamos de conotação e denotação. “Denotação é o sentido real da palavra. A palavra denotativa está no sentido real, no sentido literal. Quando dizemos ‘os presos se rebelaram no cárcere’, são presos na verdade. Já conotação é o emprego da palavra no sentido figurado, metafórico, não literal. Quando dizemos ‘estamos presos no trânsito’, ‘presos’ é no sentido figurado. Na verdade, temos aí uma conotação”, explicou o professor de português Vicente Santos.

No sentido conotativo, a linguagem apresenta algumas variações. Dentre as figuras de linguagem mais importantes, estão a metáfora e o eufemismo.


“A metáfora é quando se emprega uma palavra pela outra através de uma comparação que está embutida na cabeça da pessoa. O eufemismo consiste em você suavizar uma expressão, atenuar uma expressão que é grosseira. Você pode atenuá-la e ser muito mais polido, mais gentil, com expressões mais brandas. Por exemplo, quando dizemos ‘algumas autoridades, às vezes, faltam com a verdade em relação ao trânsito’, significa dizer o que? Que algumas autoridades mentem. Então, isso aí é uma figura chamada ‘eufemismo’. É a linguagem das pessoas educadas, das pessoas polidas”, exemplificou Vicente.

Outra variação é a perífrase. “'A nossa Veneza Brasileira pede socorro’. A nossa Veneza Brasileira é o nosso Recife. Na verdade, é o sentido figurado. Recife não é Veneza, mas aparenta, de certa forma, rios, canais, pontes, daí dizemos ‘Veneza Brasileira’, e todo mundo entende. ‘A cidade maravilhosa’, em vez de o Rio de Janeiro. ‘O pai da aviação’, em vez de Santos Dumont. Então, são casos de perífrase”, concluiu o professo.
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