A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta quarta-feira (7) sete pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que roubou R$ 370 mil e um revólver de uma agência do Banco do Brasil da QNE 17 de Taguatinga, crime ocorrido no dia 30 de julho.

Uma mulher foi liberada após colaborar com a polícia; um oitavo integrante do grupo permanece foragido. Parte do dinheiro roubado foi recuperada.

Entre os suspeitos está um vigilante da agência que, segundo a polícia, passou informações privilegiadas sobre o funcionamento do banco e facilitou a entrada no local.

De acordo com o delegado Fernando César Costa, chefe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), o homem não estaria apto a trabalhar em nenhum serviço de segurança, pois tinha “fortes vínculos com a criminalidade” e frequentava uma prisão de segurança máxima para visitar um amigo com envolvimento em crimes.

Segundo Costa, todos os suspeitos têm vínculos familiares. Dois homens que praticaram o roubo, o motorista do veículo usado no crime e o vigilante do banco estavam diretamente envolvidos no assalto; outras quatro pessoas foram presas suspeitas de participar do crime ocultando dinheiro e arma.

Nesta terça (6), 11 mandados de busca e apreensão e seis de prisão foram cumpridos. Com os assaltantes foram encontrados R$ 160 mil, um revólver e um carro no valor de R$ 15 mil que teria sido comprado para ser usado no crime. A polícia apreendeu ainda notas de recibo de compras, celulares, chips de telefone e informaram que ainda vão fazer um levantamento para recuperar toda a quantia roubada.

Inicialmente, durante o registro da ocorrência, a polícia informou que a quantia roubada era R$ 500 mil, mas o banco corrigiu o dado.

O crime
De acordo com o delegado, na hora do assalto, o tesoureiro estava fora da área protegida e foi rendido por dois homens. O vigilante suspeito de integrar o grupo, ainda que na área interna do banco, com vidros blindados e usando um colete à prova de balas, não mostrou resistência à ação e abriu a porta da agência.

“Com certeza ele tinha conhecimento da rotina de abastecimento de caixas eletrônicos. Ele muito provavelmente indicou o caminho ao cofre da agência, porque é ele que as câmeras flagram subtraindo o dinheiro do cofre a mando, teoricamente, dos executores. Garantiu não só a entrada, mas a rapidez do crime, o que possibilitou uma fuga quase imediata”, explica Costa, que informou que a ação durou dez minutos.

A investigação constatou que, após o roubo, todos os suspeitos, exceto o vigilante, estiveram em Uruçuí, cidade do Piauí, por uma semana. No último dia 6, foram cumpridos 11 mandados de busca, apreensão e prisão temporária que prendeu cinco envolvidos na QNO 17 e 18 de Ceilândia. No dia seguinte, o sexto suspeito, o único que havia permanecido no Piauí, foi preso no estado.

Com o suspeito preso fora do DF, o único filmado pelas câmeras de segurança do banco, foram encontrados R$ 4 mil e diversos eletrônicos.

Os suspeitos envolvidos diretamente na ação serão indiciados por roubo circunstanciado mediante concurso de pessoas e emprego de arma de fogo. Os outros envolvidos responderão por favorecimento real e lavagem de dinheiro.