Olhar Direto

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Alunos da escola de filho de PMs são instruídos a não comentar chacina

A saída da aula do colégio Stella Rodrigues, onde estudava o garoto Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, foi marcada por silêncio nesta segunda-feira (12). Pais e alunos se recusaram a conversar com a reportagem sobre o colega, encontrado morto, junto com a família, no dia 5. Duas viaturas e quatro policiais militares estavam presentes no local.


Alguns alunos diziam que não podiam falar, assim como os pais. Questionados se a escola os havia instruído a não conversar com a reportagem, alguns confirmavam. Um funcionário do colégio reafirmou que estava proibido de dar informação. A escola não falou com a imprensa.

Entre as 11h30 e as 12h45, carros e peruas escolares entravam no colégio para buscar os estudantes. A rua é bastante movimentada, o que, segundo um dos seguranças, justifica a entrada dos pais e motoristas no estacionamento.

As aulas foram retomadas nesta segunda-feira depois de serem suspensas na terça-feira (6). O colégio Stella Rodrigues, na Freguesia do Ó, divulgou nota na quarta-feira (7), informando sobre a decisão de suspender as atividades.

Segundo uma funcionária da escola, o retorno às aulas foi acompanhado por uma equipe de psicólogos, inclusive na hora do lanche. De acordo com ela, a diretora não vai se manifestar até o término das investigações.

A comemoração de Dia dos Pais, prevista para ocorrer no último sábado (10), foi cancelada. Pelo site, pais e alunos foram avisados que a instituição “encontra-se em luto pelo falecimento de um aluno e sua família”.

Colegas de classe e professores de Marcelo prestaram depoimento sobre como era a convivência e as conversas que tinham com o garoto. Eles esclareceram pontos que a polícia considera importantes, como o fato do menino ser canhoto. A arma usada nos crimes foi encontrada na mão esquerda dele, sob o corpo.

Marcelo foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, ao lado da mãe, a policial militar Andréia Regina Bovo Pesseghini, 36, e do pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos. Todos estavam em casa, na Brasilândia, zona norte de São Paulo.

No terreno ao lado, a polícia encontrou também os corpos da avó, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos; e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos.

Para a polícia, o único suspeito é Marcelo Eduardo, que teria matado a família na noite de domingo ou na madrugada de segunda-feira, ido para a escola, passado a madrugada no carro, ido à aula de manhã e se suicidado ao voltar para casa.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet