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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Devido à greve, passageiro paga até R$ 50 para chegar ao trabalho no AM

Um usuário do transporte público de Manaus precisou desembolsar R$ 50 para conseguir chegar ao trabalho na manhã desta quinta-feira (15), por conta da paralisação da frota de ônibus da empresa Global, na Zona Leste de Manaus. De acordo com dados do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, pelo menos 300 ônibus deixaram de circular na cidade e 200 mil pessoas ficaram prejudicadas.


A paralisação teve início por volta de 4h e só tem previsão para terminar quando, segundo o Sindicato dos Rodoviários, o Prefeito de Manaus, Artur Neto, se fizer presente na Global para acertar o repasse dos valores do FGTS.

O morador do bairro João Paulo, Zona Leste da cidade, Ayrton Souza chegou cedo ao ponto de ônibus. Ele contou que costuma utilizar, diariamente, três linhas e desembolsa três tarifas, que corresponde a R$ 2,7, cada. Cansado de aguardar pelo transporte público, ele precisou utilizar um mototáxi para conseguir chegar ao trabalho, no bairro da Ponta Negra, Zona Oeste da capital. "Contratei um mototaxista para me deixar lá por R$50. O patrão estava esperando e ele não quer saber se há ônibus ou não", disse o pedreiro.

O presidente da Central Única dos Mototaxistas do Amazonas, Paulo Vitorino Falcão, confirmou a alta demanda por mototaxistas na manhã desta quinta. Segundo ele, o serviço de mototáxis acaba sendo uma das opções de transporte para quem usa os coletivos. "Quando há greve, sem dúvidas, há uma fatura maior. É mais passageiro na rua. A gente aconselha que o passageiro, nesses casos, negocie com mototaxista, até porque a profissão ainda não foi regulamentada, de fato", disse.

Conforme dados da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), a Global tem, atualmente, 2.400 trabalhadores e é responsável por toda a Zona Leste de Manaus e corresponde a 20% total da frota da cidade. Com a paralisação, pelo menos 31 linhas estão paradas. O G1 tentou contato com a empresa, mas não obteve sucesso.

Reivindicação
As reivindicações dos manifestantes são referentes ao atraso no pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o Sindicato, a Global está recebendo subsídios da Prefeitura, mas não realizou o pagamento dos trabalhadores. O valor do FGTS reivindicado, de acordo com a categoria, é referente ao período de aproximadamente sete anos.

"Não aceitamos esse acordo do jeito que está hoje. Só iremos suspender a greve quando houver alguma reunião com a Global, Prefeitura e o Tribunal. Enquanto não resolver essa questão, pode esquecer o transporte na Zona Leste. Outras empresas também não estão depositando o FGTS na conta dos trabalhadores", disse o presidente da categoria, Givancir Oliveira.

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