Os moradores da comunidade Barreiro Branco, região da Morada da Serra, em Cuiabá, montaram acampamento desde as 05h30 desta segunda-feira, dispostos a ficar cinco dias com as estradas trancadas se ninguém da Prefeitura de Cuiabá se comunicar sobre o asfalto da região. O ato, segundo os manifestantes, é para lembrar o prefito sobre promessa de campanha feita em comícios.

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Há mais de 20 anos os moradores sofrem com dois tipos de problemas: “Quando é seca a poeira é insuportável e quando é chuva é um lameiro que ninguém aguenta. Não sabemos mais o que fazer quem sabe a gente fechando a passagem, eles prestam atenção na nossa região”, disse Seo Olivar Soares, um dos fundadores do Barreiro Branco. 

Os moradores mostraram um termo de compromisso assinado pelo presidente do bairro e do então prefeito Chico Galindo, na época comprovando que em trinta dias o projeto da pavimentação asfáltica sairia do papel. “Todo mundo passa aqui e promete, promete e nada faz. Tem projetos aqui desde os tempos que Roberto França e até agora nada. Poxa, aqui também é um bairro da Cuiabá que vai receber a Copa do Mundo”, disse Daniel Roberto Silva, atual presidente do bairro Barreiro Branco.

A região do bairro em pauta é a principal, se não a única, passagem para chegar ao aterro sanitário municipal. A pista em critério tem 6,5km de distância e começa da Avenida Historiador Rubens de Mendonça e segue até o posto de reciclagem e tratamento do lixo urbano.

Cerca de 150 famílias residem na região e estão prontos para permanecer no local até um documento assinado pelos membros da prefeitura comparecer nas mãos do presidente da associação de moradores.

Outro Lado

A prefeitura, através de sua assessoria de imprensa, comunicou que o secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Cuiabá, José Roverto Stopa esteve no local e pediu que os manifestantes desocupassem a rua para que os caminhões de lixos pudessem finalizar os serviços de limpeza dos bairros. Com a via trancada, a coleta de lixo em toda Cuiabá fica inviabilizado, pois a rota alternativa para o Aterro Sanitário é 20 quilômetros maior.

Ainda segunda a prefeitura, cerca de 200 caminhões utilizam aquela rota diariamente e se não forem desobstruídas as passagens, a cidade ficará prejudicada. A Prefeitura ressalta que reconhece a existência de um problema na região, mas que o mandato do prefeito Mauro Mendes está apenas começando, e que faz parte do plano de gestão executar 200 km de asfaltamento.

Corrigida às 20h05