Olhar Direto

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

GO: paralisação de policiais entra no 2º dia sob ameaças de corte de ponto

Segue nesta quarta-feira a paralisação de 48 horas dos Policiais Civis de Goiás iniciada ontem. O efetivo em serviço foi reduzido para 30%, e estão sendo registradas apenas ocorrências consideradas graves. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis no Estado de Goiás (Sinpol), Silveira Alves de Moura, explica que serviços prestados pelo Instituto Médico Legal, na Criminalística e na Identificação, no entanto, foram poupado. A categoria iniciou o movimento na semana passada, com 24 horas de paralisação e promete mais 72 horas na semana que vem, caso as reivindicações não sejam atendidas, e até uma nova greve geral. Segundo o Sinpol, 100% dos policiais - cerca de 2,4 mil - aderiram ao movimento.


Os agentes e escrivães querem que o Estado de Goiás cumpra acordo firmado após a última greve no final do ano passado, que envolvia melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Segundo o presidente do Sinpol, além do cumprimento do reajuste salarial – os policiais querem que o salário passe dos atuais R$ 3.062,00 para um piso de R$ 7.250,00 –, o movimento também reivindica a extensão do bônus de produtividade para todos os policiais, e a reestruturação da carreira.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública confirma que, por determinação do Secretário Joaquim Mesquita, a superintendência da polícia judiciária de Goiás, porém, está registrando quem não está trabalhando e o Delegado Geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, está autorizado a cortar o ponto de quem aderiu à paralisação.

Além disso, podem ser usadas contra a paralisação as normas contidas em um decreto recentemente baixado pelo governador Marconi Perillo (PSDB), que estabelece medidas administrativas fortes contras greves e paralisações de servidores públicos, com penalidades como processos administrativo-disciplinares, descontos dos dias parados na folha de pagamento e exoneração de comissionados.

Segundo o sindicalista Silveira, nada disso enfraquece o movimento. “Muito pelo contrário. Nós entramos com mandado de segurança, com pedido de liminar, para que não houvesse corte de ponto. Além disso, estamos preparando uma ação direta de inconstitucionalidade contra o decreto e temos certeza de que ele será derrubado”, disse ao Terra. Segundo o Sinpol, o governo do Estado não tem autonomia para se sobrepor a Constituição e legislar na regulamentação do Direito de Greve.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet