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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Bala que matou menina dentro de casa saiu de pistola .40, diz polícia

A suposta bala perdida que matou a menina Emily Matheus Ribeiro, de 2 anos, em Goiânia, saiu de uma pistola calibre .40, de uso restrito de polícia, de acordo com laudo do Instituto de Criminalística. O documento foi enviado na à Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) na última sexta-feira (23).


Uma das hipóteses investigadas pela DIH é que o tiro que acertou a cabeça da Emily e feriu de raspão o rosto da avó, a costureira Ilma Francisca da Silva, tenha sido disparado durante uma perseguição policial. As duas estavam dentro de casa, na Vila Santa Helena, no último dia 7, quando foram atingidas. Mas, apesar do laudo, a delegada Flávia Santos Andrade, responsável pelo caso, disse que é cedo para afirmar que o tiro tenha sido disparado por algum policial.

"Nós sabemos que hoje em dia os criminosos conseguem ter acesso até mesmo a armas restritas. Várias vezes já apreendemos bandidos com pistolas desse calibre", explicou a delegada, em entrevista ao G1.

Flávia disse que solicitou à Polícia Militar todas as ocorrências na região da Vila Santa Helena no dia da morte. "Vamos fazer um filtro para saber se, naquele momento, havia alguma perseguição em curso nas imediações da casa da vítima", informou.

Morte em casa
Emily Matheus Ribeiro foi atingida por um disparo de arma de fogo, na casa em que morava com a família. O projétil entrou pela nuca e saiu pela mandíbula, ferindo de raspão o lado direito do rosto da avó. As duas estavam em um cômodo, que fica nos fundos da residência, onde a costureira trabalha.

Após ser ferida, Emily foi encaminhada ao Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Urias Magalhães. Até então, os pais não tinham percebido que a filha tinha sido vítima de bala perdida. Inclusive, informaram ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) que a menina estava brincando no colo da avó, quando se machucou.

A equipe do Cais afirmou que a garota já chegou ao local morta, com uma parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-la por uma hora, mas a criança não resistiu. O diagnóstico médico na unidade de saúde que apontou a marca de tiro no rosto.

Em entrevista à TV Anhanguera, a avó, que estava com a menina nos braços, disse não ter visto que se tratava de um projétil: "Achei que a lâmpada tinha estourado e cortado ela". Desde o início das investigações a Polícia Civil descartou a possibilidade o tiro ter sido disparado por alguém de dentro da casa.

A menina era filha única. O pai da criança, Fabrício Ribeiro da Silva, diz que não se conforma com a maneira como ela perdeu a vida. “Se estivéssemos em um bar ou em uma festa, muitos até poderiam criticar. Mas estávamos dentro de casa”, desabafou.


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