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Sábado, 18 de maio de 2024

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Com cara de Altima, novo Sentra entra em pré-venda neste domingo

A Nissan começa neste domingo (25) a pré-venda da nova geração do Sentra. A reserva, que segue até 10 de outubro, será para o primeiro lote do sedã fabricado no México na versão topo de linha, SL, que tem câmbio automático (CVT), que custará R$ 71.990. São R$ 4.300 a mais que o preço sugerido no site da montadora para o SL anterior, de R$ 67.690 – mas, agora, para limpar o estoque, ele está sendo vendido por R$ 65.690.


Em outubro chega também a versão com transmissão manual, cujo preço não foi revelado pela montadora japonesa ainda. O sedã na geração antiga, que desde o começo do ano não é mais importado para o Brasil, mas ainda é encontrado em algumas lojas, parte de R$ 52.190 – não entrou ainda na fase de descontos porque é a versão que menos vende. "70% das nossas vendas é de câmbio CVT", diz o diretor de marketing da marca, Murilo Moreno. Essa proporção de deverá ser mantida com a nova geração, segundo ele.

Quem quiser gastar esse "extra" pela nova geração receberá um carro com linhas mais modernas – claramente inspiradas no Altima, que fará sua estreia no Brasil ainda neste ano. O rejuvenescimento fica no design exterior porque, por dentro e no modo de dirigir, o sedã permanece bem conservador. É uma aposta da marca para um segmento cheio de concorrentes, mas dominado no Brasil por outros dois japoneses: Toyota Corolla e Honda Civic. O segundo se destacou nos últimos anos por se diferenciar justamente do conservadorismo do Corolla (dentro dos limites desse segmento tão tradicionalista). Mas é bom lembrar que o sedã muitas vezes associado ao termo "tiozão" mudou bem na nova geração, que chega no ano que vem ao Brasil --o país adotará a versão europeia do Corolla.

Na verdade, a briga do Sentra será do terceiro lugar em diante. Provavelmente quarto, já que o desempenho de vendas do Chevrolet Cruze continua alto e também em função da restrição de importação de carros do México. Os rivais mais próximos são o parente Renault Fluence (Renault e Nissan são aliadas no desenvolvimento de carros), o novo Citroen C4 Lounge, sucessor do Pallas e Peugeot 408.

O sedã médio da Nissan continua jogando no time da escolha racional e, na nova geração, ataca com bom espaço interno (segundo a Nissan, tem mais espaço para pernas que o Altima), bom pacote de equipamentos e promessa de que o motor 2.0, o mesmo da geração abriga, porém reajustado, agora com 140 cavalos (antes, 143 cv) "beba" menos. A marca diz que ele saiu da classificação D na etiqueta do Inmetro para A, que é a nota dada aos carros mais eficientes, de acordo com a categoria. Outra vantagem é que ele, ao lado de Civic (este nas versões mais caras), agora dispensa o tanquinho de gasolina.

Maior que Corolla e Civic
Melhorar o espaço interno foi uma das apostas para a nova geração. O entre-eixos aumentou em 1,5 centímetro, totalizando 2,70 m. São 10 cm a mais que o do Corolla e 4 cm a mais que no Civic. O comprimento é 6 cm maior, de 4,62 m, e o porta-malas comporta agora comporta 470 litros contra os 442 l de antes.

No entanto, o carro está mais leve. Nos Estados Unidos, com bloco 1.8 a gasolina, o carro enxugou 70 kg. Aqui a economia de combustível para o modelo é sua maior propaganda --vale lembrar que no mercado americano Sentra, Corolla e Civic são sedãs compactos e bem acessíveis. No Brasil, como ele é considerado um sedã médio, a montadora decidiu manter o 2.0, para seguir a receita dos líderes (o Honda estreou o 2.0 no ano passado).

Em relação a equipamentos, a Nissan diz que serão de série partida sem chave e faróis em LED. A topo de linha tem volante em couro com controles de áudio, chamadas telefônicas e de piloto automático (velocidade de cruzeiro) e Bluetooth.

Em um evento que a montadora promove na Califórnia o G1 teve um breve contato com o Sentra SL vendido nos EUA, rodando por avenidas e partes de autoestradas na região de Irvine. Fica claro que a montadora acertou ao manter o bloco mais potente na versão brasileira: o 1.8 de 132 cavalos sofre um tanto em velocidades mais altas. Há também o acerto diferente na suspensão que, no Brasil, promete deixar o carro mais macio -difícil dizer que o americano seja minimamente desconfortável rodando sobre "tapetes" do trajeto na Califórnia.

É bem-vindo o volante com controles bem localizados e intuitivos. Nos EUA, como opcional, há ar-condicionado bizona (que permite ajustes diferentes para motorista e passageiro) e o sistema do som Bose, marca premium. Ainda não firam divulgados detalhes de que tipo de equipamento será oferecido no Brasil. Outra característica da versão SL para os EUA são detalhes em madeira na cabine e revestimento emborrachado em parte do painel. Há bastante plástico, mas o acabamento é bem feito.

A sensação, em geral, é de que o sedã passou por melhorias, mas se mantém fiel à proposta de conforto e sobriedade -o que para alguns pode significar caretice. Atualmente reconhecida por modelos básicos como March e Versa, a Nissan do Brasil passa a adotar o lema "Inivation that excites" (algo como inovação que excita, que emociona) a partir do lançamento do Sentra. Mas quem buscar na marca japonesa algo mais animado deve esperar um pouquinho mais, pelo Altima.
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