O delegado Antonio Sérgio Pereira informou no fim da tarde deste domingo (28) que um dos sete seguranças baleados após briga em uma festa em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo, morreu ( informação inicial era de oito baleados). A vítima tinha 22 anos.



Outras duas pessoas ficaram feridas. O crime teria sido cometido por dois homens que não aceitaram a intervenção dos funcionários ao apartar uma discussão. “Foi vingança”, afirmou Pereira. Segundo ele, os dois supostos atiradores já foram identificados, mas continuam soltos.

O caso foi registrado no 3º DP da cidade. Pereira contou que tudo começou com a discussão de um casal. Os seguranças intervieram e outros frequentadores da festa entraram na confusão. “Houve um tumulto generalizado, mas foi resolvido”, disse o delegado. No entanto, depois disso, “os seguranças efetivos da casa pegaram pedaços de pau e partiram para a agressão (contra os clientes)”, explicou Pereira.

Com base nos depoimentos colhidos ao longo do dia, o delegado informou que havia na fazenda onde ocorria a festa um grupo de seguranças da casa e outro contratado apenas para o evento. Nesse grupo, havia três menores de idade, com 15 e 17 anos. “Os seguranças feridos não participaram da briga (em que os clientes foram machucados). Só apartaram a discussão do casal”, contou.

Ele disse já ter identificado os dois homens que atiraram contra os funcionários. O grupo de dez pessoas estava em uma van e foi cercado pelos criminosos na Rua Paraibuna, no bairro Vila São Bento, por volta de 6h30, depois do fim da festa. Dos ocupantes da perua, só um saiu ileso - sete levaram tiros e dois receberam coronhadas.

“Os dois chegaram, pararam o carro, se aproximaram da van e efetuaram os disparos com as pistolas”, contou Pereira, que deve receber na segunda-feira (29) imagens das câmeras do circuito interno da fazenda. “Possivelmente, alguma delas registrou a ação”, contou ele, sobre a briga entre um grupo de seguranças e os clientes que ficaram feridos.

“Um deles teve um ferimento na cabeça. Saíram de lá dizendo que aquilo não ia ficar assim”, relatou o delegado. Para ele, este rapaz foi quem atirou contra as vítimas, que receberam apenas R$ 30 para fazer a segurança da festa. Com relação a isso, o delegado se viu diante de um novo problema. “Essa empresa que contrata os seguranças é ilegal. É de fachada”, denunciou.