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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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quase certa

“Nossa greve mata”, alerta presidente do sindicato dos enfermeiros

Foto: Reprodução/Ilustração

“Nossa greve mata”, alerta presidente do sindicato dos enfermeiros
“A nossa greve mata, a nossa greve é de sangue”. O alerta é de Dejamir Soares, presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso (Sinpen), ao anunciar que a paralisação da categoria em Cuiabá é “quase certa”. Os salários baixos, equivalente a um salário mínimo e principalmente a falta de materiais básicos para um simples curativo são fatos que, segundo o sindicalista, desmotivam os profissionais. Uma assembleia geral está agendada para a próxima segunda-feira (02), no auditório do Sindicado dos Bancários, quando será votado o indicativo de greve.


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“Uma greve no setor é indesejada”, aponta Dejamir Soares que assumiu o sindicado em 2005 e tem evitado uma paralisação. Para ele, o número de óbitos que já elevado dentro do pronto-socorro de Cuiabá “deve aumentar consideravelmente com a paralisação de um setor que carrega a saúde nas costas”.

O sindicalista foi ainda mais radical nas declarações feitas ao site Olhar Direto. “Com os enfermeiros em greve, a prefeitura terá que contratar uma gráfica para imprimir as certidões de óbitos que deve aumentar. Não tem como negar essa realidade, a nossa greve mata, a nossa greve é de sangue”, lamentou.

Há pouco mais de um mês os enfermeiros do seguimento particular travaram uma guerra contra os donos dos hospitais pedindo melhorias salariais e redução da carga horária. Agora, a reivindicação parte da rede municipal que deverá afetar todas as unidades médicas de Cuiabá: Pronto-Socorro, policlínicas e até mesmo a recém-inaugurada UPA da Morada do Ouro.

Saúde desfalcada

Faltam copo descartável, papel higiênico e materiais essenciais para o atendimento. “Para vocês ter uma ideia, ontem (27), no pronto-socorro de Cuiabá os enfermeiros tiveram que fazer curativos utilizando apenas com soro fisiológico, não tinha uma pomada para tratar os ferimentos graves”, denunciou o presidente do sindicato.

Salário mínimo 


O sindicato dos enfermeiros também criticou os baixos salários pagos principalmente os contratados. “Como exemplo podemos usar a UPA Morada do Ouro, onde 99% dos enfermeiros que trabalham lá, independente de ser níveis superior ou técnico, recebem um salário mínimo”, contou.

Negociações

No dia de ontem (26) Dejamir se reuniu com o Secretária Municipal de Gestão, Pascoal Santullo Neto pelo qual tomou conhecimento de que a prefeitura não tem condições de atender a pauta de reivindicação da classe. Dejamir disse ter ficado surpreso com a resposta, uma vez que desde o mês de maio o sindicato e governo tem negociado a pauta. “Tudo o que estamos pedindo é para ser incluído na LOA que ainda vai ser votada e implantada a partir de 2014, mas a proposta do governo é que a discussão ocorra em 2014 para nossa pauta ser atendida só em 2015”.

Reivindicações

Além de melhorias nas unidades e compra de insumos para o trabalho, os enfermeiros da rede municipal querem a reestruturação do Plano de Cargos Carreira e Salários (PCCS), o aumento salarial e outras reivindicações.
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