Os primeiros turistas que foram ao local onde ocorreu a Batalha de Waterloo, na Bélgica, chegaram de carruagem logo no dia seguinte à luta, que havia ocorrido em 18 de junho de 1815. Eles queriam ver de perto a cena de carnificina, com os milhares de corpos resultantes do confronto que marcou a queda de Napoleão Bonaparte contra a coligação entre o Reino Unido e a Prússia.
Hoje, quase 200 anos depois da batalha que foi decisiva para a história da Europa, o local onde tudo ocorreu ainda recebe curiosos, que enfrentam uma viagem de trem, ônibus e depois a pé por estradas tortuosas para conhecer o antigo campo de batalha -- localizado perto da cidade de Waterloo, a 13 km de Bruxelas.
Mas comitês de historiadores e adeptos da batalha querem renovar o lugar e melhorar sua infraestrutura, para que ele possa receber melhor os turistas durante as comemorações do bicentenário da luta.
Um desses comitês foi o responsável por organizar, no último dia 17 de agosto, a maior reconstituição da batalha já feita até hoje, com a participação de 4 mil voluntários uniformizados.
A principal responsabilidade pela organização do evento previsto para 2015 é das instituições belgas sem fins lucrativos Bataille de Waterloo e Intercommunale Bataille de Waterloo 1815. Eles têm um orçamento de 40 milhões de euros fornecido por governos locais e regionais para realizar o evento.
Organizações britânicas também estão ajudando na renovação do campo de batalha. Em junho, o Ministério das Finanças da Grã-Bretanha se comprometeu a doar 1 milhão de libras para a restauração da fazenda Hougoumont, que fica no campo de batalha e se conserva muito semelhante ao que era no passado, nas corre o risco de virar ruínas.
Os comitês afirmam que a programação para o evento comemorativo será apresentada em novembro, em Londres.