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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Sequestro de criança ocorrido há 25 anos pode ser investigado novamente

O inquérito sobre o sequestro do menino, Sérgio Leonardo, de um ano e oito meses, que aconteceu na cidade de Porto Nacional, em 28 de setembro de 1987, pode ser reaberto. Zulmira Gonçalves, que procura pelo filho há quase 26 anos, participou nesta sexta-feira (30) de uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do Tocantins, em Palmas.


O Secretário de Segurança Pública, José Elieú Jurubeba, ouviu a história de Zulmira e diz que providências serão tomadas. “Nós vamos colher dela alguma informação nova que por ventura exista. Vamos procurar documentar esse fato novo que ela sugere que exista e, a partir daí, tomar as medidas necessárias ao andamento.”

Zulmira alega que, na época, o inquérito foi aberto, mas que houve pouco empenho da polícia para resolver o caso, diante das suspeitas que existiam. “O que eu falei, foi toda a minha história, todo o descaso durante esse tempo que o processo transcorreu até transcrever. Toda a falta de apoio que eu tive. Toda a omissão do estado, que não tomou as providências, não cumpriu as diligências.”

A reunião aconteceu após Zulmira participar, na terça- feira (27), em Brasília, da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados destinada a investigar o tráfico de pessoas no Brasil. A audiência contou com a presença dos delegados que investigaram os caso, em 1987. Essa foi a segunda vez que Zulmira foi convocada a participar da audiência. Na primeira vez, a reunião foi suspensa porque um dos intimados a prestar esclarecimentos foi dado como morto.

Ela espera para a próxima semana, uma resposta sobre o pedido de acareação sobre o sequestro do filho, Sérgio Leonardo. "Depois dessa reunião [audiência na CPI do tráfico de pessoas], acredito que acontece essa acareação. Estou confiante, porque são os parlamentares que fazem as leis. Meu processo está arquivado, mas eles podem modificar essa lei."

Zulmira continua otimista, mesmo com quase 26 anos de procura. “O que eu espero é o reencontro e o momento de poder abraçar o meu filho e dizer o quanto eu o amo. É dizer ao meu filho:'eu não te dei meu filho, eu não te doei pra ninguém'."

Sequestro
A criança desapareceu quando brincava com parentes. Na época, foi feito um registro na delegacia e a família iniciou a investigação. O inquérito foi reaberto em 1991 e arquivado 17 anos depois. Conforme apuração, o empresário Pedro Izar Neto foi o acusado de raptar a criança junto com três funcionários. Ele tinha terras na cidade, desde 1982, e vendeu apropriedade nove meses depois que foi denunciado por um dos cúmplices. Pedro Izar já foi ouvido pela CPI, em São Paulo, e negou participação no sequestro.

Durante depoimento, Pedro Izar teria dito: “uma das vezes que fui ouvido na Polícia Federal, aqui em São Paulo, o cidadão que me ouviu me disse: ‘ela mandou perguntar se o senhor não quer devolver o filho para ela’. Mas que filho? Não existe isso, é coisa da cabeça dela, ela criou isso aí. “

A Procuradoria da República também está investigando a adoção de uma criança por um casal de italianos na mesma época. O menino estava registrado com o sobrenome de um dos supostos cúmplices de Pedro Izar.
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