A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil subiu 9% em agosto na comparação com julho. Ao todo, 340.469 veículos saíram das linhas de montagem do país neste período, contra 312.300 no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5) pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ao comparar com o forte agosto do ano passado, o crescimento foi de 2,3% (eram 332.773 unidades).

"É o segundo melhor agosto da história do setor", diz o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Segundo ele, o aumento da produção local já é reflexo do programa do governo Inovar-Auto. "A queda das vendas dos importados já é sentida", analisa.
Ao mesmo tempo que a Anfavea anuncia o balanço, o presidente da entidade afirma que os investimentos das montadoras previstos para o ano que vem já somam R$ 72,6 bilhões.

No acumulado de janeiro a agosto, a produção mostrou alta de 13,7% com 2.509.574 unidades. No mesmo período de 2012 foram 2.206.444 veículos.

Ao destacar somente automóveis e comerciais leves, a alta na produção foi de 9,5%, de 290.665 unidades em julho para 318.321 em agosto. No acumulado do ano, há alta de 12%, 2.096.520 em 2012 para 2.348.927 este ano. "Os estoques estão normais", diz Moan, que apontou em agosto para o equivalente a 40 dias.
Previsão de recorde de produção e vendas
Com os números de agosto em mãos, o presidente da Anfavea anunciou o reajuste das previsões, que, segundo ele, produção e vendas fecharão 2013 com recordes. O volume previsto para produção é de 3,79 milhões, alta de 11,9% sobre 2012 - a previsão inicial era de 4,5%.
Já a de licenciamentos ficou entre 3,84 milhões e 3,88 milhões, alta de 1% e 2%.
"As exportações têm aumentado pelo aquecimento dos mercados para quais exportamos e o efeito do Inovar-Auto na queda das importações, com substituição por veículo nacionais, são os fatores que justificam as novas previsões."

Ônibus e caminhões
No segmento de caminhões, o aumento é de 5,1%, de 17.920 em julho para 18.842 em agosto. Contudo, o de ônibus teve queda de 11%, com 3.306 unidades em agosto contra 3.715 em julho. Assim, no acumulado do ano a alta é de 51% (132.030) e 27,3% (28.617), respectivamente.
Exportações

Em valores, as exportações subiram 11,2% de julho para agosto. O montante passou de US$ 1,5 bilhão para US$ 1,67 bilhão. Na comparação com agosto de 2012 (US$ 1,37 bilhão), há crescimento maior, de 21,6%. No acumulado de janeiro a agosto, o volume aumentou 11,4%, de US$ 9,84 bilhões para US$ 10,97 bilhões. Segundo Moan, as exportações em valores bateram agora recorde histórico.

Em unidades, saíram do país para mercados estrangeiros 64.071 veículos montados, o que sobre as 52.456 unidades de julho representa aumento de 22,1%. Em relação ao mês de agosto do ano passado, a diferença é ainda maior, 49,9% - foram exportados no período anterior 42.737 unidades.

No acumulado, a alta é de 28,4%, com o total de 382.681 unidades exportadas até agora contra as 297.931 do mesmo período do ano passado. Em CKD (veículos desmontados), foram exportadas em agosto 2.612 unidades, somando no acumulado do ano 18.254 unidades.

Empregos
Agosto fechou com 154.533 pessoas contratadas diretamente pela indústria automobilística nacional, número 0,4% superior ao do mês passado, com 153.974 contratados. No entanto, na comparação com agosto do ano passado, o número de empregados subiu 4,6%. No período, estavam contratadas 147.731 pessoas.
Importados
O licenciamento de veículos novos somou 329.143 unidades em agosto, redução de 3,8% sobre julho, com 342.306 unidades e um dia útil a mais. Deste total, 62.371 veículos foram importados, queda de 2,9% sobre o desempenho do mês anterior, com 64.253 unidades. No entanto, a participação dos importados no mercado brasileiro de agosto ficou em 18,9%.

No acumulado do ano, os emplacamentos somam 2.470.513, volume 1,2% menor do que no mesmo período de 2012. Neste cenário, os importados somam 460.154 unidades, queda de 15,2% sobre as 542.727 unidades do período anterior. Mesmo assim, a participação dos veículos importados no Brasil no intervalo de janeiro até agora é de 18,6%.