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Sábado, 18 de maio de 2024

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Em 7 meses, preço de BMW de 'entrada' aumenta em R$ 10 mil

Sete meses depois de anunciar redução nos preços, a BMW no Brasil divulgou a tabela para setembro onde o Série 1 116i, seu modelo de "entrada" no país...

Sete meses depois de anunciar redução nos preços, a BMW no Brasil divulgou a tabela para setembro onde o Série 1 116i, seu modelo de "entrada" no país, aparece custando R$ 10 mil a mais em relação a fevereiro passado. Na época, ele tinha como preço sugerido R$ 89.950. Agora a tabela aponta o valor de R$ 99.950, uma variação de 11% do importado.


Procurada pelo G1, a BMW afirmou que o aumento do preço do carro ocorreu em duas fases. A primeira, em meados do ano, por acréscimo de itens de série. A segunda, por "estratégia" da marca.

"O carro teve uma série de modificações. Atualmente, ele tem novos equipamentos de série, como (sistema de conectividade) IDrive com tela de 6,5 polegadas, Bluetooth, farol de neblina, apoio do braço dianteiro, luzes adicionais, como nas maçanetas externas e internas", diz a empresa. "Em fevereiro, o valor estava em R$ 89.950 e, na metade do ano, houve um ajuste no preço para cerca de R$ 95.000 por conta dos equipamentos citados. Agora, neste mês, foi aplicado um aumento de R$ 4.950,00 por estratégia da marca."
Na tabela de setembro os carros aparecem com ano/modelo 2013/2014, enquanto, no início do ano, eram 2012/2013. Outros modelos da marca de luxo também tiveram reajuste em relação a 7 meses atrás. O Série 3, que é o mais vendido pela BMW no Brasil, ficou R$ 5 mil mais caro, saindo de R$ 124.950 para R$ 129.950, que é o preço da sua versão mais simples, 320i.

Na época em que anunciou preços mais baixos, a BMW afirmou que isso se devia ao fato de ter sido habilitada para o Inovar Auto, o conjunto de regras do governo federal que passou a valer em janeiro deste ano e prevê incentivos fiscais às montadoras e marcas que atenderem a esses requisitos.

As empresas que aderirem podem, por exemplo, importar até 4.800 carros ao ano sem o aumento no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou em dezembro de 2011 para modelos vindos de fora, exceto do Mercosul e do México, principais exportadores. Os da BMW, fabricados na Alemanha, sofriam com esse aumento antes do Inovar Auto valer.

Porém, a cota de 4.800 unidades é inferior às vendas da montadora no Brasil: de janeiro a julho deste ano, ela emplacou 7.191 carros, segundo a associação das importadoras (Abeiva), número 68% maior do que no mesmo período de 2012. A BMW é uma das poucas marcas importadas de maior volume que conseguiram crescer neste ano.
Série 1 pode ser nacional

Ainda pelo novo regime automotivo, empresas que decidirem fabricar veículos no Brasil têm vantagens adicionais, como trazer sem aumento de IPI uma cota extra de algum modelo importado que, futuramente, passará a ser produzido aqui. A BMW anunciou em outubro passado a construção de sua primeira fábrica no país, em Araquari (SC). Ela ainda não divulgou quais modelos vai produzir, mas a expectativa é de que o Série 1 esteja entre eles.
Além da "sombra" do IPI aumentado, carros que vêm do exterior pagam imposto de importação -exceto aqueles produzidos em países com os quais o Brasil tem acordo comercial, que são o México e os do Mercosul. Outro item que pesa é a alta do dólar frente ao real: a moeda americana teve em agosto o quarto mês seguido de valorização.

Mercedes observa o dólar
A Mercedes-Benz, outra que anunciou redução de preços no início do ano, diz ao G1 que não mudou os preços de sua linha desde então, exceto no caso de modelos que se renovaram nesse tempo, como o Classe E, cuja nova geração chegou ao Brasil em julho passado. Mas a marca alemã observa com atenção a trajetória do dólar frente ao real, que pode interferir nos preços caso a alta se mantenha.

A Mercedes faz parte do Inovar Auto como importadora -atualmente, produz apenas caminhões e ônibus no Brasil, mas estuda voltar a fabricar carros. Ela tem direito à cota de 4.800 unidades importadas ao ano sem IPI aumentado, mas, assim como a BMW, vende mais do que isso.

Na mesma época em que diminui preços de tabela, a montadora alemã lançou seu modelo de "entrada", o Classe A, por R$ 99.900, simbolicamente o primeiro Mercedes a custar menos de R$ 100 mil. O valor se mantém. Os modelos da marca também já viraram o ano/modelo para 2013/2014.
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