Os moradores do bairro Parque Atalaia em Cuiabá interditaram durante seis horas a rodovia Palmiro Paes de Barros, na altura do clube da Caixa. Os dois sentidos da pista ficaram fechados no protesto que iniciou às 4h30 desta segunda-feira (09). O bairro já existe há 34 anos e seus habitantes padecem com a falta de uma rede de esgoto e asfalto.
Os manifestantes só liberaram a pista depois de receberem a notícia de que o prefeito Mauro Mendes (PSB) receberia uma comissão de moradores na prefeitura na tarde de hoje. Durante todo momento o protesto decorreu com tranquilidade. Apenas cortejos fúnebres, ambulância e carro da Polícia Militar (PM) eram liberados.
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Para impedir a passagem de veículos eles formaram barricadas com pneus e escudo humano. Nas faixas os moradores questionavam onde estavam os R$ 18 milhões destinados para o Programa Poeira Zero e pediam por saneamento básico na região.
Moradora do bairro há 30 anos, Renata Juares Ferreira de 35 anos era uma das que compunham o escudo humano que barravam os carros que tentavam passar. Ela relatou que “a população se animou na época em que o bairro foi inscrito no extinto Programa Poeira Zero”. A promessa era que as 22 vias que cortam o bairro seriam recapeadas.
Porém, com a mudança do governo e a substituição do Poeira Zero pelo programa Novos Caminhos, o bairro Parque Atalaia deixou de ser contemplados. “Agora, nós queremos saber para onde foi os nossos 18 milhões?”, perguntou a moradora. Ainda segundo Renata Ferreira há pelo menos quatro mil moradores no local que sofrem com a constante poeira e também a falta de saneamento básico.
O esgoto a céu aberto está entra as maiores queixas da também moradora do bairro, a aposentada Carmelice Amorim Silva, de 68 anos. “Não temos rede de esgoto, aqui ele corre a céu a berto no meio das ruas. O odor as vezes fica insuportável”, disse.
Uma reunião entre os moradores já está agendada para esta terça-feira (10). Durante o encontro a comissão que será recebida pelo prefeito irá repassar a proposta do governo e votaram se acatam ou se continuam o protesto.
