O bebê recém-nascido que morreu nesta segunda-feira (9) no Hospital Regional de Santa Maria não estava contaminado pela superbactéria KPC. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde após resultado do laudo de exame feito na mãe e no recém-nascido. A Secretaria de Saúde informou ainda que novos exames serão feitos para informar a causa da morte da criança.

A morte foi registrada horas depois de o secretário-adjunto da SES-DF (Secretaria de Saúde do DF), Elias Miziara, confirmar a suspeita de contaminação do bebê prematuro, nascido na semana passada no HRT (Hospital Regional de Taguatinga). O secretário informou ainda que a criança respondia bem ao tratamento.

A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) é chamada de super bactéria porque sofre uma mutação genética capaz de torná-la resistente a vários antibióticos. Ela é encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais e até alimentos. Normalmente, a contaminação acontece em ambiente hospitalar por meio do contato com secreções do paciente infectado.

Em abril deste ano, a Secretaria de Saúde confirmou um surto de infecção da bactéria serratia na unidade de terapia intensiva neonatal do HRC (Hospital Regional de Ceilândia). Em dez dias, sete crianças morreram na unidade. Pelo menos duas tiveram a confirmação de contaminação pela bactéria que causa diminuição das plaquetas e coagulação do sangue.

Nos hospitais, os riscos de contaminação pela bactéria serratia ocorre devido à umidade presente em equipamentos de respiração e nas mãos dos profissionais de saúde que têm contato direto com as crianças. Segundo especialistas, estes microorganismos se concentram e se reproduzem em ambientes com maior umidade.