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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Campos confirma encontro com Cid Gomes para discutir 'cenário político'

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmou nesta quinta-feira (12) o encontro que teve com Cid Gomes, governador do Ceará, na segunda-feira (9). “Eu recebi ele na minha casa [no Recife] como um amigo, pensando alto, colocando dúvidas. Ele dizendo o cenário como é no Ceará, até onde ele pode enxergar. Tem coisas que não depende dele, questões nacionais. Falamos da situação de outros estados, falamos sobre questões administrativas”, disse Campos à imprensa, após o anúncio de uma série de ações para o Coque, comunidade pobre da capital pernambucana. O governador acrescentou que debateu cenários políticos, mas disse que ainda não decidiu sobre a candidatura presidencial.


Participaram da conversa outras lideranças do partido, como o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o senador Rodrigo Rollemberg. “Eu afirmo que nós conversamos e conversamos sobre todas as possibilidades do quadro político. Do que pode acontecer, do que pode não acontecer. Temos clareza que não há como tomar uma decisão nesse momento, porque os elementos não estão sendo suficientes para uma tomada de decisão, tanto é que há um consenso entre nós que essa decisão deve ser tomada em 2014”, comentou Campos.

Encontro de mais de 5 horas
Ao ser perguntado sobre detalhes da conversa com Cid Gomes, o governador de Pernambuco afirmou não ter como detalhar, até porque o encontro teria durado mais de cinco horas. “Veja bem, não é um caso aqui de eu poder fazer um relato de cinco horas de conversa, onde tinham sete pessoas e a conversa não foi gravada, nem tinha uma ata da conversa dizendo quem disse o quê e em que circunstância. Nós estávamos analisando cenários políticos”.

Questionado sobre o atual cenário político e se seria candidato caso a eleição fosse hoje, o presidente nacional do PSB desconversou. “O cenário é muito dinâmico, não tem essa [de decidir]. Se a gente fosse decidir agora é porque já tem cenário definido e temos o cenário em mutação permanente. Você tem decisões até o prazo de filiação no TSE de pessoas que estão fazendo movimentos, tem uma série de coisas, não tem essa ansiedade", afirmou
Campos ressaltou que cada candidato decide no prazo que entende que pode decidir. "Você não pode impor a um partido, você tem que decidir de hoje para amanhã, não é assim”, afirmou, destacando a posição de apoio ao atual governo. “Nós estamos em um projeto que governa o país há mais de dez anos, ajudando esse projeto, o nosso apoio, com a nossa solidariedade, as nossas críticas, mas sempre fizemos isso de maneira muito correta e sempre tivemos uma postura de solidariedade”.

O governador de Pernambuco lembrou ainda que a conversa com outros integrantes do partido e governadores é normal, acontecendo com frequência. “Vocês acham que a gente não conversa? [...] Nós conversamos sempre, depois do expediente, de forma demorada, de forma fraterna. Nós sabemos um a posição do outro. [...] Falamos sobre várias questões administrativas, falamos sobre economia, ele falou sobre a mudança na equipe que estava fazendo. Falamos sobre outros estados, contatos com lideranças que procuram ele para se filiar ao PSB que era importante eu manter, foi uma conversa amistosa”, disse.

Campos argumentou ainda que diferenças de posições são normais em todos os partidos e que a opinião de Cid Gomes em apoiar a aliança com o PT não afeta a união do PSB. “O partido tem que ter exatamente isso, a capacidade de pessoas defendendo suas posições, exercitar o debate, se não, não é um partido democrático. [...] Ele [Cid Gomes] mantém o entendimento sim da defesa da aliança e mantém completamente interessado em seguir construindo o PSB no Ceará. Entende também que é legítimo que outros estados e outras lideranças do partido defendam uma posição contrária a ele. E sabe que vamos ter que construir um entendimento de qual o melhor momento de decidir isso, com consenso, sem nenhum estresse, como viemos fazendo. Todos os momentos, as grandes decisões do PSB, tem sido construídas com grande entendimento. Todos, até o apoio à presidenta Dilma em 2010, que tinha a candidatura do Ciro, nós construímos isso em março do ano da eleição dentro do entendimento”, relembrou.
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