A Eletronuclear obteve licença da prefeitura de Angra dos Reis (RJ) para a construção da usina nuclear Angra 3. Com isso, a usina já tem todas as autorizações necessárias para dar início à obra.

Falta, no entanto, que o TCU (Tribunal de Contas da União) dê sinal verde para a assinatura do contrato para a retomada das obras. No ano passado, o órgão fiscalizador apontou indícios de superfaturamento no orçamento da usina, recomendando a retenção parcial dos recursos.

O acordo entre a Eletronuclear e a prefeitura de Angra dos Reis para o uso do solo onde será instalada a terceira unidade de geração nuclear na cidade prevê investimentos de R$ 150 milhões, direcionados para as áreas de educação, saúde, defesa civil, ação social e meio ambiente, entre outros. Esses recursos serão aplicados ao longo de seis anos.

Angra 3 seria construída nos anos 80, mas teve o projeto paralisado em 1986, mesmo com vários equipamentos comprados. A manutenção das peças que vão compor a usina custava US$ 20 milhões por ano.

Em 2007, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu retomar o projeto, autorizando o início da obra, que foi incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O custo estimado de Angra 3 beira os R$ 7,5 bilhões. A Eletronuclear pretende dar início às obras neste semestre, iniciando as operações entre 2013 e 2014.