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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Renan diz que não há fato novo que justifique afastamento de Sarney; PT define apoio

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou nesta quarta-feira que não há um fato novo que justifique o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).


Segundo ele, a debandada do DEM, que ontem decidiu apoiar o afastamento de Sarney, já era esperada. Renan negou ainda que o peemedebista esteja esperando o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil para tomar uma decisão sobre deixar ou não o comando do Senado.

Já o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), que se reuniu hoje com Sarney, disse que apresentou ao peemedebista propostas da bancada petista para contornar a crise que arranha a imagem da instituição.

Mercadante afirmou que irá se reunir nesta tarde com a bancada do PT no Senado para discutir a posição final do partido em relação ao possível afastamento de Sarney.

DEM, PSDB e PDT pediram o licenciamento do político, envolvido em escândalos na Casa.

Em sua única manifestação oficial ontem, a assessoria do peemedebista informou que "a hipótese de afastamento não está em análise". No entanto, segundo o blog do Josias, Sarney chamou ontem à sua residência, no Lago Sul, os três filhos: Roseana, Zequinha e Fernando e, pela primeira vez, cogitou deixar o comando da Casa.

Os três partidos que pediram o afastamento de Sarney têm 32 dos 81 senadores --menos do que os 41 necessários para votar a cassação de um mandato. Entre os aliados, ele conta com 17 dos 19 votos no PMDB a seu favor. Com sete senadores, o PTB fechou questão em apoio a Sarney. O PT, com 12, está dividido.

A principal sugestão do PT para contornar a crise é a criação de uma comissão de senadores de vários partidos e consultores da Casa que busque uma reforma administrativa em conjunto com a Mesa Diretora.

Os petistas querem propor a criação de uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal com metas para serem seguidas, incluindo a redução de despesas, além de estabelecer mecanismos de controle e definir o fechamento de departamentos do Senado, como o ILB (Instituto Legislativo Brasileiro) e o serviço médico.

A líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), disse que Sarney é um dos que têm culpa pelos desmandos administrativos, mas "não pode ser o único responsabilizado". Para Aloisio Mercadante (SP), líder do partido, o objetivo é "discutir uma proposta para colocar em funcionamento o Senado, reconstruindo a instituição".

A pressão pela saída de Sarney aumentou depois da descoberta que seu neto é dono de uma empresa que negocia contratos de empréstimos consignados com funcionários do Senado. Vários parentes de Sarney foram empregados em gabinetes de outros senadores por meio de nomeações em atos secretos.
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