Um suspeito de organizar o roubo milionário de joias que estavam em cofres particulares do banco Itaú, na Avenida Paulista, em agosto de 2011, foi preso nesta quarta-feira (6). João Paulo dos Santos, 35 anos, foi detido após uma troca tiros com policiais do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) no Bom Retiro. De acordo com a Polícia Civil, ele agia, principalmente, na região central de São Paulo.

Na sexta-feira (1º), cinco dos 12 suspeitos de participar da ação foram condenados a 18 anos e oito meses de prisão. Eles também vão ter que pagar multa por roubo e associação criminosa. Ainda cabe recurso da condenação.

Segundo a polícia, Santos foi o responsável por planejar, articular e executar o crime, que é considerado um dos maiores roubos a instituições financeiras da história do país.

O roubo ocorreu entre a noite de 27 e madrugada de 28 de agosto de 2011 e demorou cerca de 10 horas. O caso só foi descoberto oito dias depois. Para invadir a agência, uma porta de vidro foi quebrada. Dois homens entraram primeiro e dominaram um segurança. Outros dez assaltantes desceram até o subsolo do prédio.

No momento da ação, o alarme estava desligado. Além disso, os ladrões desligaram o botão de pânico, que poderia ser usado pelo vigilante para alertar a segurança. Durante dez horas, a quadrilha estourou os cofres. Segundo a polícia,170 deles foram abertos e revirados. Dentro das gavetas havia dinheiro e objetos de valor. Nem o banco e nem os clientes que alugavam os cofres informaram, em detalhes, o que foi roubado.

Parte das joias roubadas foi localizada na noite de 15 de setembro daquele ano por policias do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo. Além das joias, 10.840 libras esterlinas, pedras preciosas, uma ferramenta para cortar metais e um carro, uma Montana, também foram apreendidos pelos policiais.