Representantes do Fórum de Direitos Humanos e da Terra e a Defensoria Pública se deslocam no próximo dia 26, para o assentamento Terra de Viver, na região de Cláudia, e que desde a semana passada vem sendo alvo de conflitos agrários. O MST denuncia que 12 pessoas estão sendo mantidas sitiadas na região e já tiveram barracos destruídos pela ação do fogo, ateado por grupos de posseiros insuflados por madeireiros. A ocorrência foi registrada no último dia 12.

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A visita in loco tem como proposta evitar que uma tragédia aconteça, além de ser uma tentativa de diálogo com representantes do poder público local por meio de uma audiência pública. Além do efetivo policial, a situação já foi oficialmente relatada à Polícia Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), mas a situação ainda permanece tensa no local.

“Há muitas mulheres, crianças e idosos entre as pessoas sitiadas”, conta um homem de 43 anos que se escondeu em meio a um matagal para conseguir escapar ao cerco que é mantido pela área.

Conflito

Conforme o MST, o conflito na área começou devido à morosidade no processo de reforma agrária. Oito famílias do MST já estão assentadas na propriedade rural de 1.400 hectares. Mas restou uma área ociosa, onde, conforme garantiu o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ao Movimento, seriam assentadas mais 12 famílias.

Com a demora no processo, há cerca de 3 meses 12 famílias da região, que não são do Movimento, ocuparam a área. Nisso, as famílias do MST que estavam à espera de uma convocação oficial para entrar na terra, resolveram ocupar também.

Genadir Vieira, da coordenação do MST, informa que esse pessoal estava esperando há mais de 10
anos, alguns deles há quase duas décadas, vivendo em lonas, na beira de estrada. “Então, é claro que dá revolta”.