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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Cardozo nega 'disputa política' em investigação no metrô de SP

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta terça-feira (26) críticas do PSDB e afirmou que "não tem nada de disputa política" a investigação da Polícia Federal envolvendo denúncias sobre um esquema de propina na compra de equipamentos para o metrô de São Paulo.

"Quero lamentar a tentativa de transformar uma investigação séria do Cade e da PF em uma disputa política. Aqui não tem nada de eleições e disputa política. Aqui tem uma investigação", afirmou.
Cardozo reafirmou que ele próprio encaminhou, por "dever de ético e jurídico", à PF documentos que atestavam os atos de corrupção durante os governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
Potencial candidato à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou o fato de Cardozo ter entregue os documentos à PF e disse que o Partido dos Trabalhadores (PT) está se "aproveitando" de instituições públicas para tentar "incriminar" adversários políticos, entre os quais nomes de destaque do PSDB.

Ministro recebeu acusações em casa
Ao lado do diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, e do presidente do Cade, Vinicius Carvalho, o ministro da Justiça confirmou que os documentos foram entregues a ele em sua casa em São Paulo pelas mãos do deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), atual secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo.
Mais cedo, o PSDB criticou essa forma de receber as denúncias e se queixou da falta de um comprovante que prove que ele protocolou o dossiê na Polícia Federal.
"O ministro recebe a tal denúncia em sua casa em São Paulo por um companheiro de partido, que coordenou a campanha do [prefeito Fernando] Haddad, e não recebeu oficialmente, não recebeu de órgãos oficiais e nem pelos meios legais", complementou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" divulgada neste sábado (23), um documento de julho da PF dizia expressamente que a organização recebeu acusações contra os tucanos por meio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Àquela época, o Cade já havia fechado um acordo de leniência com a Siemens e apurava o cartel nas licitações, mas não corrupção. No mês de abril, havia recebido relatório de ex-diretor da Siemens que citava suposto caixa 2 de gestões tucanas. O relatório apontou que o deputado petista, autor da denúncia que gerou a apuração da PF, ajudou o ex-dirigente da Siemens a dar informações ao Cade e colaborou no diálogo com o Ministério Público.
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