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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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SP: choro, indignação e revolta dão tom a guichê da Gol em Congonhas

Choro, indignação, revolta. A série de atrasos em voos da companhia aérea Gol, neste sábado, tumultuou o saguão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com queixas sobre falta de informações por parte da companhia.


A reportagem do Terra conversou com pessoas que perderam compromissos durante o dia ou que tentam desde as primeiras horas da manhã, sem sucesso, embarcar para destinos aos quais já deveriam ter chegado ainda antes do meio-dia.

Entre os casos está um grupo de passageiros que deveria ter embarcado às 8h em Brasília com destino a Curitiba, com escala em São Paulo. O horário original de chegada deles à capital paranaense era 13h30, mas, às 17h15, em Congonhas, tinham previsão de embarcar às 20h. Eles afirmam ter recebido um voucher da Gol, para almoço, mas foram chamados para embarcar a São Paulo antes de conseguirem fazer a refeição.

"Deram todo tipo de desculpa: condições climáticas ruins, falta de tripulação, reforma no aeroporto de Brasília, e ainda nos deixaram quase uma hora fechados no avião, em Brasília, sem alimentação e sem agua", disse o coordenador administrativo Alcione Ribinsky, 32 anos. Ele, a mulher e um filho, bebê de colo, residem em Curitiba.

"Isso é um descaso com o consumidor. Cheguei às 7h no aeroporto (em Brasília) e o voo estava confirmado. Aí foram adiando sem parar", relatou a bancária Carolina Sousa, 31 anos. "Falta de respeito é o mínimo que pode definir essa situação. Não estou revoltado ou nervoso, mas chateado, mesmo, por ser tratado assim", desabafou o advogado Thiago Nogueira Souza, 32 anos, que também tentava embarcar para Curitiba.

Entre os passageiros que relataram ter perdido compromissos, por conta do voo atrasado, estava uma família com oito adultos e seis crianças – a mais velha, de 5 anos -, que tentava deixar Congonhas para Vitória. Eles disseram ter um casamento na capital capixaba, de modo que dois dos passageiros eram nada menos que padrinhos dos noivos.

"E o absurdo nisso tudo, além de toda a situação, é você buscar um guichê da Agência Nacional de Aviação (Anac) para reclamar e descobrir que hoje eles não têm ninguém de plantão em um aeroporto do tamanho do de Congonhas. Você se sente vendido", reclamou o bancário Gustavo Meirelles, 36 anos, padrinho em questão.

'Falta de tripulação é amadorismo'
Uma passageira que tentava embarcar para Recife, desde as 13h, chorou ao conversar com funcionários da Gol ao saber que teria de embarcar apenas neste domingo. "Meu voo estava marcado para um portão, aí trocaram e não nos avisaram. Aí ainda me dizem que o hotel é por minha conta", indignou-se. Funcionária de hotel, nervosa, ela não quis se identificar.

Três gaúchas aguardavam ansiosas a confirmação do voo para Porto Alegre. "Já era para ter confirmado, pois falta menos de meia hora para o horário da partida. Alegar falta de tripulação é de um amadorismo que não tem como entender", declarou a psicóloga Ivi Albuquerque, 40 anos.

Perto das 18h, a situação nos guichês da companhia já começava a se acalmar, com parte dos passageiros realocado em voos de outras empresas ou da própria Gol.
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