Olhar Direto

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Pai de torcedor internado em SC diz que filho não é da torcida organizada

O pai do jovem de 19 anos que sofreu fratura no crânio durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama, na Arena Joinville, garantiu que o filho, que é atleticano, não faz parte da torcida organizada do time e que entrou na briga por impulso. Willian Batista foi um dos quatro jovens feridos durante a partida que ficou paralisada por mais de uma hora, depois do confronto entre as torcidas. Cidinei Batista da Silva diz que está mais tranquilo nesta segunda-feira (9), depois de receber informações sobre os exames que o filho fez e saber que ele não corre risco de morte.

“Ele contou que entrou na briga por impulso”, afirma o pai. Segundo Cidinei, o rapaz tem carteirinha de sócio-torcedor, mas teria ido ao estádio em um carro com outros conhecidos. “Ele não fazia parte da torcida organizada. Estava ali perto na hora em que tudo começou e eu acho que ele entrou na onda”, avalia o pai. Ele destaca que o filho não possui histórico de agressões e também nunca havia se envolvido em qualquer outro problema em estádio.
O jovem trabalha em uma lavação de carros e acabou de concluir um curso de idiomas.
Cidinei Batista da Silva não torce para o Atlético-PR e, por isso, assistia outro jogo na tarde de domingo (9). Ele só passou a conferir a situação no estado vizinho depois que soube das notícias do local onde o filho estava. Entre a confirmação de que William Batista era um dos feridos e a chegada em Joinville foram menos de quatro horas.
Willian é o único que permanece internado. Dois jovens receberam alta na manhã deste domingo e o outro na noite de domingo. Todos foram levados para o Hospital Municipal São José e apenas Willian precisou ser transferido.
O pai do rapaz comenta que, nesta segunda-feira, o filho está imobilizado e com vários hematomas na cabeça. Ele também apresenta um sangramento no ouvido, mas deve ser controlado, segundo os médicos repassaram para a família.
Segundo o pai, ele busca se aperfeiçoar para poder tentar trabalhar na Copa do Mundo e sempre gostou de futebol. “Nós torcemos para times diferentes e sempre brincamos com isso. Ele nunca acompanhava o time longe. Acho que foi para Joinville porque era perto”, explica.
“A torcida do Vasco o salvou”
Na sala de espera do Hospital da Unimed, em Joinville, Cidinei Batista da Silva conta o que conseguiu conversar com o filho no início da manhã desta segunda-feira (9). “Ele lembra certinho o que aconteceu, embora tenha desmaiado”, diz o pai.
Conforme o relato do jovem que vive em Curitiba, ele apanhou muito na cabeça. A família percebeu isso ao visitá-lo no quarto. “Ele está imobilizado do pescoço para cima e há muitos hematomas nessa região. Parece que pisaram no pescoço dele. Ele sente dor nas pernas, mas não vi hematomas ali”, afirma Cidinei.

Segundo Cidinei, o filho disse que “o que salvou ele foi a própria torcida do Vasco. ‘Eles falaram: já está morto, já está morto e jogaram ele de volta”, Cidinei relembra a história contada pelo filho. “Ele me disse que pelo o que ele sentiu recebeu socos e pontapés. Ele estava apanhando muito na cabeça”.
Segundo o pai, todos os exames apresentaram bons resultados e os médicos informaram que em quatro ou cinco dias o jovem deve receber alta. “Hoje eu disse para ele: pra que participar disso, você poderia ter voltado para casa, comemorado a vitória do teu time, mas agora está na cama de um hospital e ainda bem que está bem”, desabafou o pai, que garante sempre ter sido contrário à violência nos estádios. “A gente percebe a dimensão disso quando afeta a nossa família”, analisa.
Os pais do jovem são divorciados, mas acompanham o filho em Santa Catarina. Na tarde desta segunda-feira, outros familiares devem visitar o rapaz que, segundo o hospital, apresenta quadro estável, mas que exige cuidados.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet