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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Grávida que perdeu o bebê está internada em UTI de maternidade

Diferente do que a Secretaria municipal de Saúde informou no início da manhã desta segunda-feira (6), o estado de saúde de Manoela dos Santos se agravou. A paciente, que está internada na Maternidade Fernando de Magalhães, teve que ser transferida para a UTI e ser submetida a uma transfusão de sangue.


Manoela perdeu o bebê depois de ter sido atendida com descaso no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, na quinta (2).

A Secretaria infomou que a paciente está lúcida e não necessita do auxílio de aparelhos para controlar os sinais vitais. Mas ainda não há previsão de alta médica para Manoela. Ela está internada desde a última quinta na maternidade, que fica em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio.

Registro de ocorrência

A delegada titular da 14ª DP (Leblon), Tércia Amoêdo, abriu nesta segunda um registro de ocorrência para apurar denúncia de descaso no atendimento de três grávidas no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio, na quinta-feira.

Ela solicitou os boletins de atendimento médico do hospital e da Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, na Zona Norte, onde as mulheres foram atendidas.

Tércia diz que sua prioridade é ouvir a paciente Manoela dos Santos, de 29 anos, que perdeu o bebê. Ela teria sofrido um descolamento prematuro da placenta. Manoela teria chegado ao hospital com dores e sangramento e o médico que a atendeu teria escrito no braço dela o nome da maternidade e os números das linhas de ônibus que deveria pegar para ir até lá. Manoela fez uma cesariana de emergência, mas perdeu o bebê.

As outras duas grávidas que passaram pela mesma situação de Manoela tiveram os bebês na maternidade, sem problemas.

“O depoimento da Manoela ou de seus parentes é fundamental para que a gente possa saber o que realmente aconteceu, detalhar o atendimento que ela recebeu. Uma equipe da delegacia esteve no hospital, mas o quadro clínico dela agravou e ela teve de ser transferida para a UTI”, disse a delegada, informando que até o momento, tudo indica que houve omissão de socorro por parte do médico do Miguel Couto.

A delegada disse que também vai chamar o médico para prestar depoimento. Se ficar comprovada que a morte do bebê foi consequência da negligência do profissional, ele poderá responder por omissão de socorro com resultado morte, que dá 18 meses de pena alternativa.

O médico do Hospital Miguel ficará afastado de suas funções até o fim das investigações sobre o caso. Ele não teve o nome divulgado pela Secretaria.

Paes critica médico

"Não há crise no sistema de saúde pública que justifique aquela atitude do médico", disse o prefeito Eduardo Paes, sobre o descaso do profissional do Hospital Miguel Couto.
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