Olhar Direto

Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Naufrágio do iate Bateau Mouche completa 25 anos

Há 25 anos, em um dos cenários mais conhecidos do mundo, uma tragédia. Um iate de luxo naufragou na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e deixou 55 mortos.


No dia 31 de dezembro de 1988, o Bateau Mouche partiu com 153 passageiros a bordo para assistir à queima de fogos em Copacabana. Mas o que era para ser uma celebração em grande estilo, se tornou uma das maiores tragédias nacionais.

Faltando cerca de 15 minutos para a meia noite, o barco naufragou e 55 pessoas morreram, entre elas a atriz Yara Amaral. Muitos passageiros foram resgatados por um barco de pescadores que passavam o réveillon com a família.

A Capitania dos Portos havia liberado o Bateau Mouche para o passeio, mas de acordo com um laudo da Marinha, a lotação estava duas vezes acima do permitido e com uma série de falhas que permitiram que a água entrasse.

Três sócios da empresa dona da embarcação foram condenados a quatro anos de prisão em regime semi-aberto. Mas fugiram em 1994 para a Espanha, que até então não tinha acordo de extradição com o Brasil. Até hoje a sensação de impunidade impera. Recursos processuais ainda tramitam na justiça e atrasam a solução definitiva do caso.

A jornalista Elaine Maciel foi uma das sobreviventes do acidente. Ela conta que foi para o passeio com a irmã e quando chegaram viram que a embarcação estava muito cheia. “Ficamos em pé ao lado dos músicos, mas depois resolvemos desistir e sair porque achamos que era programa de índio, estava balançando muito, não tinha lugar para sentar”, conta. Mas uma pessoa da Capitania dos Portos disse que elas não poderiam descer mais. “Foi quando eles fizeram uma contagem dos passageiros e liberaram o barco para sair”.

O passeio seguiu e Elaine conta que em um determinado momento apareceu um estrangeiro pedindo um colete salva-vidas, que estava num lugar de difícil acesso. Quando elas foram para a parte de cima, a embarcação começou a adernar. Nessa hora, Elaine caiu dentro d'água e se perdeu da irmã. “Comecei a nadar e cheguei até um iate. Gritei, mas ninguém ouviu. Foi quando vi o barco do pescador que estava com a família e ajudou a resgatar as pessoas. Subi e fiquei lá no fundo, consternada”, lembra. Mais tarde, Elaine reencontrou a irmã.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet