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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Autoescolas de Uberaba registram baixo índice de aprovação em 2013

Com cerca de três mil exames para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) realizados em 2013, o índice de reprovação é de 57%, segundo estimativa da Delegacia Regional da Polícia Civil em Uberaba que considera o número alto. Por mês, na cidade, são registradas aproximadamente 400 novos cadastros de iniciação, cerca de 1.500 renovações, das quais 250 são transferências de outros estados.


Na autoescola do empresário Paulo Alexandre Teixeira foram realizados 11.255 exames até novembro, destes 8.715 foram reprovados, o que equivale a 77%. No ano anterior foram 9.044 exames sendo 5.926 reprovados (66%).

Paulo acredita que o nervosismo por parte do aluno e também o grau de dificuldade, que aumentou nos últimos anos, sejam os principais motivos que levam ao número considerável de reprovações. "O fato de ter um examinador ao lado deixa o candidato muito tenso e isso acaba interferindo na hora de apresentar o que foi preparado durante as aulas. Além do mais, o exame tem ficado cada vez mais rígido, deixando uma margem muito pequena para o aluno errar”, afirmou.

Um aluno que preferiu não se identificar passou o ano de 2013 em busca da CNH. Foram seis tentativas sem sucesso pelo mesmo centro de condutores. Ele afirmou que a exigência por parte dos professores pode ser prejudicial. "Às vezes também conta o fator nervosismo. Mas existe grande dificuldade em relação à palavra do aluno contra a do instrutor. No meu caso, ele colocou na avaliação alguns problemas que não foram verídicos e não tinha como provar. Falei com os responsáveis da banca e eles falaram que deveria abrir uma ocorrência, mas a burocracia é grande", lamentou.

O delegado regional da Polícia Civil, Francisco Eduardo Gouvêa Motta, chamou atenção para a qualificação necessária para dirigir com prudência e evitar problemas no trânsito. Ele também discordou sobre o processo de ensino ser exigente, uma vez que a aprendizagem varia conforme o aluno.

"Nota-se que muitos candidatos cumprem a legislação no que se refere à quantidade de horas/aulas mínimas para prestar seus exames, sem se conscientizarem de estar ou não preparados para tal feito, mesmo que orientados por seus avaliadores. Face ao que observamos no dia-a-dia do trânsito, também notamos que não há rigor excessivo na formação, mas sim um alto grau de irresponsabilidade por parte de condutores que tem o veículo como uma arma ou brinquedo sem a consciência legitima de sua responsabilidade como condutor”, afirmou.
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