O número de cheques sem fundo devolvidos pelos bancos em Itapetininga (SP) aumentou em 2013. Os dados são da Associação Comercial. Um levantamento feito pela instituição e divulgado neste início de janeiro aponta que o número de cheques invalidados subiu de 175 em 2012, para 219 no ano passado.

De acordo com o presidente da associação, Quirino Neto, os estabelecimentos das cidades do interior ainda têm grande movimentação de cheques. Para ele, é importante tomar alguns cuidados para evitar transtornos. “É necessário verificar sobre o tempo da conta bancária do cliente. Ver desde quando ele tem a movimentação da conta. Depois, fazer as devidas informações que constam no Serasa ou no SPC para ver se não tem alguma restrição”, diz.

Com os constantes ‘calotes’ e o acúmulo de prejuízos, alguns comerciantes deixaram de aceitar os pagamentos com cheques. O empresário José de Mello Netto, dono de um posto, revela que já teve prejuízo com cheques sem fundo, por isso, decidiu não recebê-los mais. Ele conta que nos casos de falta de cobertura, não era ressarcido. “O prejuízo sempre vinha para o posto e o banco nunca se responsabilizava por isso. Hoje em dia, com os cartões de crédito e débito, se tiver algum problema vai para o banco e para a operadora, não para o comerciante”, diz.

A empresária Zenaide Augusta Sakashita, que é dona de um buffet, ainda continua trabalhando com pagamentos pro cheques, mas diz que já foi prejudica por não receber. Logo no início da criação da empresa recebeu um cheque sem fundo no valor de quase R$ 3 mil. Ela afirma que a opção de ainda trabalhar com essa modalidade é porque não paga as taxas como no caso dos cartões de crédito e débito, mas o prejuízo no passado a fez mudar o sistema de recebimento. “Eu recebo o cheque antes de realizar qualquer evento e pesquiso sobre o dono da conta para ver se há algum problema com ele junto aos órgãos de crédito”, diz.