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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Conselho da ONU remete a 'mundo que não existe mais', diz Figueiredo

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou nesta quinta-feira (5) em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas remete a um mundo que já não existe. O Brasil pleiteia há anos um cadeira permanente no órgão internacional.


O Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes, que possuem direito a veto: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América. Apesar de o Brasil já ter sido membro não-permanente do conselho, apenas Argentina, Chile e Guatemala representam a América Latina no grupo atualmente. Os membros do Conselho de Segurança são chamados periodicamente para discutir direitos humanos fundamentais e as questões humanitárias dentro da ONU.

“Temos que ter muito claro que as estruturas de governança global não refletem as realidades novas que encontramos no campo internacional. É natural, as instituições tem que ser formadas sempre a posteriore. O exemplo mais claro é o Conselho Nacional das Nações Unidas, cuja estrutura remete a um mundo que não existe mais”, disse Figueiredo.

Entre as mudanças na estrutura de poder global, o ministro citou a influência do grupo conhecido como BRICS (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul). “O Brasil tem sido ativo na participação dessas arquiteturas novas e agrupamentos novos para obtermos uma inserção internacional que corresponda a um projeto de desenvolvimento internacional”, disse.

“O Brasil está muito bem posicionado para ter um papel importante, equivalente às negociações da nova agenda internacional, com uma economia que tem a ver com uma sociedade mais justa, com uma diplomacia respeitada”, declarou.

Esta foi a primeira vez que o Figueiredo foi à comissão do Senado como ministro. A ida ao Congresso para prestar informações periódicas sobre a política externa do país é prerrogativa do chefe do Itamaraty, que precisar fazer a visita ao menos uma vez por ano.

Figueiredo tomou posse em agosto de 2013, após a crise no Itamaraty gerada pela entrada no país do senador Boliviano Roger Molina. O parlamentar da oposição boliviana ficou mais de um ano asilado na Embaixada brasileira em La Paz, alegando perseguição política. Ele fugiu para o território brasileiro em carro oficial da chancelaria do Brasil.
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