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Domingo, 21 de julho de 2024

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MP pede prisão de prefeito e mais seis pessoas suspeitas de pedofilia no AM

O Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) pediu a prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), suspeito de pedofilia. A denúncia foi enviada ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) nesta sexta-feira (7). Além de Adail, outras seis pessoas, entre elas servidores públicos, também foram denunciadas pelo MP por formação de quadrilha, exploração sexual de crianças e adolescentes e estupro de vulnerável. O órgão quer ainda o afastamento de Adail da Prefeitura de Coari, município a 363 quilômetros de Manaus.


O procurador-geral de Justiça do MPE-AM, Francisco Cruz, informou que o órgão ofereceu denúncia e propôs a ação penal após a conclusão das últimas investigações do caso. De acordo com Cruz, o documento, de 48 laudas, foi baseado na materialidade e autoria dos crimes. "A denúncia busca garantir a ordem pública e evitar que novas pessoas sejam novas vítimas e devido ao indícios de ameaças contra testemunhas", disse.

Por ser prefeito, Adail tem foro privilegiado, o que levou o MP a enviar a denúncia direto para o Tribunal de Justiça do Amazonas, já que a denúncia não pode ser analisada na Vara de Coari.

Segundo o procurador-geral de Justiça, no dia 27 de dezembro de 2013, o MPE recebeu denúncias de violência sexual contra menores de idade envolvendo o nome de Adail e de outras pessoas. As denúncias geraram inquérito, o que levou o prefeito de Coari a ser ouvido pelo MP no dia 29 de janeiro deste ano.

No início desta semana, representantes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (Caocrime) foram a Coari ouvir supostas novas testemunhas do prefeito. Conforme Francisco Cruz, a principal vítima do prefeito seria uma menina de 14 anos para a qual o Ministério Público pediu proteção. Durante visita a Coari, os promotores não encontraram a adolescente no endereço informado ao MP, impossibilitando o cumprimento da medida protetiva.

Sobre o pedido de intervenção em Coari protocolado por deputados do Amazonas junto ao MP, Cruz afirmou que deve se pronunciar na próxima semana.

Sobre a morosidade em processos de improbidade adminstrativa envolvendo Adail, o procurador afirmou que quando os responsáveis forem indentificados, serão punidos.

Ao G1, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) confirmou que o presidente do órgão, Ari Moutinho, recebeu o pedido de prisão preventiva. De acordo com a assessoria, o desembargador determinou, com urgência, a distribuição dos autos. O relator da denúncia ainda não foi anunciado.

Novas denúncias
Logo após concluir a coleta de novas denúncias contra Adail, o promotor responsável pelo caso, Fábio Monteiro, informou ao G1 que as supostas novas vítimas eram crianças com idade entre nove e 11 anos.
As abordagens, de acordo com o MP, também eram feitas por servidores públicos. "Segundo vítimas e familiares ouvidos, servidores, a mando do prefeito, ofereceram diversos bens, como casas, terrenos e dinheiro em troca das meninas", revelou o promotor.
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