O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta terça-feira (18) que a Casa deverá votar na próxima semana um requerimento de urgência para a votação do projeto de lei que amplia os direitos de cinegrafistas, fotógrafos e auxiliares que atuam em empresas de comunicação.

A aprovação do projeto passou a ser cobrada por parlamentares depois da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, que foi atingido por um rojão disparado por manifestantes durante protesto contra o aumento das passagens de ônibus, no Rio de Janeiro, há cerca de duas semanas.

O texto garante, por exemplo, adicional salarial de 50% por hora trabalhada em local externo a profissionais que usam equipamentos de comunicação que pesem entre três e cinco quilos.

"Acho que este é o momento de discutir a questão. Então, vou distribuir aos líderes agora o texto do projeto. E que cada líder avalie com a sua bancada. E na próxima terça-feira, se for o caso, a gente pode pedir a urgência e [a votação] ir lá para o plenário", disse Henrique.

Pela proposta, de autoria do deputado Marco Maia (PT-RS), o profissional que se deslocar para coberturas externas terá direito a uma folga semanal a cada 14 jornadas diárias em que houver ocorrido pelo menos um deslocamento.

"É uma posição que eu acho que merece diferencial, lamentavelmente provocado por uma dívida. Mas nesta hora vamos dar tratamento diferenciado para esse tipo de atividade profissional", declarou Henrique Alves.

Para o autor da proposta, deputado Marco Maia (PT-RS), o texto representa a valorização dos profissionais.

"Essa inciativa também quer alertar a sociedade brasileira sobre a importância dessa categoria, que muitas vezes não é vista na tela de televisão, não é vista na fotografia, mas que é responsável pela existência das imagens e fotografias vistas por bilhões de pessoas no mundo inteiro", disse Marco Maia.