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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Líder interino de Honduras nomeia comissão para diálogo; Zelaya critica "criminoso"

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, divulgou nesta quinta-feira a lista de nomes que devem acompanhá-lo à Costa Rica para diálogo com o presidente deposto, Manuel Zelaya, sobre a crise no país. Zelaya já está em solo costarriquenho e agravou a tensão por uma negociação pacífica ao criticar Micheletti como "criminoso". 


Segundo o jornal hondurenho "Hondudiário", a comissão que assistirá à reunião com mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, inclui a ex-presidente da Corte Suprema de Justiça, Vilma Morales, o ex-ministro de Relações Exteriores, Carlos López Contreras, e o ex-candidato a Presidência pelo Partido Democrata Cristão Arturo Corrales, além do ex-embaixador de Honduras nos Estados Unidos Roberto Flores Bermúdez.

O jornal afirma que o grupo de negociação inclui também a ex-chanceler Patricia Rodas e o ex-vice-presidente Arístides Mejía, que participarão do encontro do lado de Zelaya.

Micheletti deve viajar a Costa Rica nesta quinta-feira. Ele não divulgou a data da viagem por "questões de segurança". Contudo, o avião presidencial deve usar uma rota alternativa já que a vizinha Nicarágua proibiu o uso do seu espaço aéreo pelo governo interino.

O jornal afirma que Micheletti deve regressar a Honduras ainda nesta quinta-feira. Somente a comissão que o acompanha deve ficar no país para os próximos dias de negociação.

Criminoso

Zelaya chegou nesta quarta-feira à Costa Rica. O avião privado que levava Zelaya aterrissou às 17h36 (20h36 no horário de Brasília) no aeroporto Juan Santamaría, nos arredores de San José, procedente de Washington.

O líder deposto criticou Micheletti fortemente, qualificando-o de golpista e criminoso e ressaltou que vê esta mediação como um processo onde o atual governo hondurenho poderá expor seus planos para "uma saída da forma mais honrosa".

Acrescentou que se mantém firme na posição de exigir sua restituição no poder. "Não defender a restituição de um presidente democraticamente eleito seria um despropósito", disse.

Zelaya chegou acompanhado por sua chanceler, Patricia Rodas, e foi recebido pelo ministro de Relações Exteriores costarriquenho, Bruno Stagno.

Tanto Zelaya, quanto Micheletti aceitaram, na terça-feira, abrir um diálogo direto com a mediação de Arias, que os receberá em sua própria casa.

"Estou aqui atendendo as resoluções da Organização de Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas, que fizeram declarações contundentes condenando a crise em Honduras, não reconhecendo o governo de facto e pedindo a restituição do governo democrático", afirmou Zelaya aos jornalistas, no aeroporto.
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