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Domingo, 21 de julho de 2024

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Colheita do caqui abre oportunidade de emprego no Alto Tietê

A safra do caqui está no início, mas mesmo assim já cria muitas oportunidades de emprego no Alto Tietê. No sítio do agricultor Paulo Martins Faria em Mogi das Cruzes a mão de obra é emprega na colheita e também na embalagem.


“Quando eu estou desempregada eu venho trabalhar aqui. É bom porque ganho meu dinheiro e posso procurar outros empregos” diz a trabalhadora rural, Vitória Bustamante.

Rosângela Aparecida Gorrera trabalha como empregada doméstica para os donos do sítio, mas nessa época faz hora extra no barracão, embalando as frutas. “Ajuda bastante. No final da safra dá para pegar um bom dinheiro.”
Mas achar interessados em trabalhar na safra e que se adaptem com a colheita está cada vez mais difícil. Por isso, o agricultor Paulo Martins Faria há alguns ano durante a safra contrata mão de obra de Minas Gerais. “Por intermédio de uns amigos trazia uns mineiros de Varginha. Faz quatro ou cinco anos que eles vêm trabalhar comigo.” Na propriedade no Jardim Araci são 2 mil pés de caqui rama forte e, por isso, as mulheres ficam na embalagem e mais seis trabalhadores foram contratados para essa safra como mão de obra temporária. Há três anos, Antonio Marcos Ribeiro deixa a família na cidade mineira de Virgínia para trabalhar nos pomares de caqui de Mogi das Cruzes. “Aqui recebo em média R$ 50 por dia e lá a média é de R$ 40 ou R$ 45 no máximo. Fico aqui um tempo e volta para lá.”

O agricutor calcula que não terá dificuldade em pagar os temporários porque o preço do caqui melhorou em relação ao ano passado. “Caqui está tá dando preço mais ou menos no começo. O preço por caixa pequena é de R$ 10 bruto no Ceasa.”

Já o agricultor Ari Scungisqui não está otimista como queria. Ele acha que a falta de chuva em janeiro e fevereiro, meses em que os frutos estão crescendo, atrasou a safra nos 600 pés de caqui da variedade rama-forte de sua propriedade. Para o produtor isso fez com que eles crescessem menos que no ano passado e, por causa do sol forte, muitos estão bem queimados. “Deu uma redução de 40% a 50% e o preço deve mudar, mas a gente depende do mercado”, diz Scungisqui.

Outra grande preocupação do agricultor é em relação aos custos da produção que vai para a capital paulista e também para o Rio de Janeiro. Pagar frete, embalagens das frutas e a mão de obra é um desafio. O produtor diz que também não encontra mão de obra em Mogi das Cruzes. Por isso, um grupo de Minas Gerais vem para o sítio para fazer a colheita. Esses trabalhadores viajam o Brasil o ano todo para trabalhar no campo. Juvenildo Santos fazia parte desse grupo itinerante. Há oito anos, ele chegou da Bahia e o emprego, então temporário virou fixo. “Eu me adaptei com a colheita do caqui e achei um lugar para trabalhar. Aqui tem mais chance que na Bahia de serviço é mais fácil e paga melhor. Lá é mais difícil e paga pouco.”

Para o agricultor nas culturas de caqui e ameixa a mão de obra é algo que não poderá ser substituída. “Nessas culturas não tem maquinário vai depender toda a vida de mão de obra, 100% dela”, avalia Scungisqui. A safra do caqui termina em maio.
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