Vandalismo em manifestações e criminalidade crescente são assuntos preocupantes para a segurança pública de São Paulo. Para se ter uma ideia, o número de roubos cresceu 41,8% em São Paulo em janeiro deste ano, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Foram 13.416 casos ante 9.463 no mesmo período do ano passado.
Em todo o Estado, a alta foi de 32,5 %. Em janeiro deste ano, foram 26.987 roubos contra 20.371 no mesmo período de 2013. A 9ª edição da ISC — Feira Internacional de Segurança, realizada até esta sexta-feira (20), apresentou novidades para a vigilância de espaços públicos e privados.
Câmeras de vigilância antivandalismo foram alguns dos lançamentos apresentados na feira. Elas são ultra-resistentes a golpes e, portanto, recomendadas para locais públicos e que exigem monitoramento intensivo, como agências bancárias, trens, ônibus e outros transportes públicos. As manifestações populares realizadas na capital têm sido alvo de vandalismo. Em um protesto em outubro, 18 caixas eletrônicos foram destruídos.
Essa câmera antivandalismo da Samsung é capaz de fazer três leituras simultâneas e é resistente a depredação.
A fabricante Axis desenvolveu uma praça inteligente que inibe criminosos. Por meio de um botão antipânico disposto em um poste de cerca de 5 m, a pessoa que se sentir em perigo pode estabelecer um canal de comunicação com uma equipe de segurança remota.
Essa equipe de segurança remota pode então fazer perguntas e passar orientação a quem acionou o botão. A câmera tem visão 360 graus e pode ler, com clareza, uma placa de carro a até 275 m de distância.
Para o monitoramento de veículos, a Telemática apresentou um sistema integrado que rastreamento de carros, com tecnologia que identifica, por meio da placa, veículos procurados ou com restrições no cadastro.
O equipamento permite a gravação e o envio de vídeos, imagens, áudios e localização geográfica em tempo real.
A segurança dos clientes de banco também está na pauta dos expositores da feira. Exemplo disso é a câmera oculta para caixas eletrônicos, que faz identificação facial do usuário do equipamento.
Uma vez identificado, o correntista recebe uma saudação na tela do caixa eletrônico. Se o seu rosto não for reconhecido, a operação não é realizada. Caso o correntista seja vítima de um sequestro-relâmpago, a câmera gera um alerta, já que visualiza duas pessoas muito próximas ao caixa eletrônico.
Soluções para o comércio também foram apresentadas, como uma microcâmera oculta, de apenas 2 mm, instalada no pescoço de um manequim — na foto, o "buraco" é maior para ilustrar a câmera. O objetivo é reconhecer os clientes e até mesmo identificar quem olha a vitrine e entra na loja para conferir os produtos.
Pela leitura facial, o cliente cadastrado recebe uma saudação nominal ao entrar na loja.
Outra câmera, instalada perto de um monitor na vitrine, poderá identificar quem observa a vitrine e calcular a faixa etária aproximada do cliente. Essa definição gera uma promoção personalizada na tela.
A tecnologia SmartSense, apresentada pela Telemática, facilita o acesso a lojas com um cartão de acesso que pode ser utilizado remotamente, em um celular.
Com essa tecnologia, já utilizada para pagamentos, um espectador que vai ver um jogo pode passar pela catraca de um estádio apresentando, pelo celular, o ingresso já pago. O acesso é liberado rapidamente e com segurança, já que o usuário pode programar uma senha no aparelho telefônico.
Baixa luminosidade costuma ser um problema para identificar crimes ocorridos à noite. A feira mostrou uma câmera da Axis capaz de gerar imagens de alta qualidade e coloridas mesmo quando, a olho nu, for impossível visualizar os objetos.
A câmera funciona também para ambientes com alta luminosidade. Na imagem à esquerda, vemos o que o olho humano identifica. À direita, temos a captação da câmera.
