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Domingo, 21 de julho de 2024

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Mulher conta drama um ano após ser atingida por ácido na rua: 'Quero viver'

Foto: (Foto: Reprodução/ TV Bahia)

Vendedora precisa usar roupa especial para se recuperar de queimaduras

Vendedora precisa usar roupa especial para se recuperar de queimaduras

Um sofrimento que ainda não teve fim. Um ano após ter sido atingida por ácido sulfúrico enquanto passeava pelo bairro de Itapuã, em Salvador, a vendedora Claudimar Félix ainda convive com as marcas da violência.


O produto atingiu o rosto, o pescoço e quase todo o lado direito do corpo de Claudimar. Ela ficou 2 meses internada no hospital para se recuperar das queimaduras de 3° grau que sofreu. A suspeita do crime, que teria cometido a tentativa de homicídio por ciúmes do namorado, teve a prisão preventiva decretada há 6 meses e está foragida.

"Passei por cirurgia, tive que fazer enxerto, tirar pele de uma parte boa e botar na parte que está ferida. Tive debilidade [fraqueza] permanente e falta de movimento devido ao fato de as queimaduras terem sido muito profundas", relata a vítima, que também mudou de endereço. "Não consigo mexer os braços. Estou fazendo fisioterapia para poder voltar a movê-los", acrescenta.

A vendedora teve que parar de trabalhar e está recebendo auxílio-doença da Previdência Social. Ela ganha um salário mínimo mensal, que serve para comprar medicamentos, roupas e máscaras especiais usadas diariamente para tratar as cicatrizes e combater as dores.

"Tive que me adaptar com a nova rotina. Uma rotina que eu não desejo para ninguém. De três a quatro vezes por semana, me encontro com médicos para poder encontrar meios de me recuperar. Tem sido dolorido dormir, me virar na cama, tomar banho. Eu não sei nem o que dizer. É duro também a minha aparência, andar na rua e ver que tem gente com o olhar fixo porque está achando você diferente", lamenta.

Claudimar conta que acompanha a investigação do caso e que não fez nada contra a suspeita. "Ela cometeu esse ato comigo sem eu nunca ter feito nada contra ela. Foi por motivo fútil, banal. Eu quero justiça, quero que a polícia a encontre. Já tem 1 ano que estou lutando por isso, sempre vou à delegacia, procuro uma solução."

Mesmo ainda tentando se recuperar, a vendedora comemora os resultados obtidos em sua recuperação.
"Eu quero viver. Sinto saudade da minha vida, daquela equipe [do trabalho], daquela amizade que eu tinha. Graças a Deus, as minhas melhores amigas eu não perdi, elas estão do meu lado. Viver é tão bom. Agradeço a Deus por estar viva, por estar aqui hoje. Estou tendo conquistas. Depois do acidente, considero que renasci. Renasci e tenho uma nova vida", destaca.
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