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Domingo, 21 de julho de 2024

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"Clone" não vai resolver o problema, diz pai de menina que perdeu coelhinha de pelúcia no Metrô

Quando o dentista e professor universitário Fernando Hanashiro, 36 anos, decidiu postar na internet a foto da coelhinha de pelúcia que a filha Julia, de sete anos, havia perdido, não imaginava a repercussão que o caso teria. Antes de ir para o trabalho, na manhã desta terça-feira (25), Hanashiro deixou uma mensagem no mural do Facebook do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo), contando que a menina deixou o brinquedo cair, quando viajava com a mãe entre as estações São Judas e Praça da Árvore, na segunda-feira (24).


A história de amor entre Julia e Mimi — como a criança chama a coelhinha — sensibilizou a equipe de mídias sociais da companhia, que resolveu colaborar com uma campanha na rede social. Em cerca de nove horas no ar, o post já tinha quase 3.000 compartilhamentos.

— Eu fiquei surpreso [com a repercussão]. Fico feliz. Isso é sinal de solidariedade.

O dentista, no entanto, demonstra preocupação.

— Já houve mais de 2.000 compartilhamentos e a gente ainda não teve uma resposta [...] Vi nas postagens que teve gente que se prontificou a fazer uma [coelha] igual. Na verdade, eu agradeço, mas um “clone” não vai ser a mesma coisa. Um parecido, ela tem, porque a gente tentou comprar já faz uns anos para deixar guardado um equivalente. Obrigada, mas a gente quer achar a Mimi. Essa que é importante para ela.


O dentista diz que ele e a esposa não falaram com a Júlia sobre a mobilização que o caso provocou na internet, para evitar que a criança crie expectativa.

— Só falei que passaria no Achados e Perdidos para ver.

Insubstituível

Mimi tem cerca de 15cm e é bem surradinha, mas ganhou o coração de Julia. Hanashiro conta que a coelhinha é o objeto pelo qual a filha “mais tem sentimento”. Segundo o dentista, o bichinho de pelúcia passou a fazer parte da vida da garotinha em uma Páscoa, há três, quatro anos. Desde então, ocupa o posto de xodó da criança, que o levava para todos os lugares.

— Ela já tinha esquecido na casa de uma amiguinha e na escola de inglês. Na escola de Inglês, eu tive que voltar depois de uma hora para ver se tinha esquecido lá mesmo.

Hanashiro conta que a filha tem vários brinquedos, mas que nenhum é capaz de substituir Mimi. Desde que se separou da amiguinha, Julia, uma menina ativa e brincalhona, está triste, chorou e não consegue dormir direito.

— Ela tem um monte de bichinho de pelúcia, mas tinha que dormir com a Mimi.
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