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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Primeiro dia útil após ocupação é de muito trabalho na Maré

Um dia após a entrada das forças de segurança no Complexo da Maré, um outro batalhão ocupa as comunidades da região. Na manhã desta segunda-feira, a tropa é de serviços públicos. Equipes da Comlurb, Parque e Jardins, Rio Luz e da Secretaria de Conservação fazem a limpeza e prestam assistência à população. A base dessas unidades foi instalada na praça onde foram hasteadas as bandeiras do Brasil e do estado. Misturados a homens do Batalhão de Choque, garis estão espalhados em todas as comunidades da Maré capinando e recolhendo lixo e entulhos. O clima é de aparente tranquilidade no complexo de favelas.


A região foi ocupada pelas forças de segurança em 15 minutos e sem o disparo de tiros na madrugada de domingo. Por volta das 9h40m, em uma cerimônia marcada pela paz, na presença de muitas crianças, as bandeiras do Brasil e do estado foram hasteadas na Maré, na praça que fica entre as comunidades do Timbau e da Vila dos Pinheiros. No local será montada a base provisória do Batalhão do Choque (BPChoq). O governador Sérgio Cabral falou sobre a retomada das favelas. Para ele, este é um dia histórico.

O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, também disse, durante coletiva, que a ocupação da Maré vai deixar um legado para a cidade. As favelas da região foram recuperadas pelo Comando de Operações Especiais da Polícia Militar. Os agentes permanecem nas comunidades, nesta manhã, em operações de buscas de criminosos e apreensões de armas, drogas e objetos roubados.

Na Vila dos Pinheiros, na Maré, poucas pessoas andavam pelas ruas, no início da manhã. Policiais do Batalhão de Choque revistam carros no interior da favela, mas o clima é de aparente tranquilidade no local. Na Nova Holanda, os moradores acompanharam das janelas e das portas de casa a chegada dos veículos blindados da Marinha. Na Rua Teixeira Ribeiro, um dos principais acessos da Nova Holanda, alguns feirantes montam normalmente suas barracas de frutas.

Favelas do complexo têm 122 mil moradores

O Instituto Pereira Passos estima que 122 mil pessoas morem em favelas da Maré, quase a totalidade dos 129,7 mil habitantes do bairro, que foi criado em 1994 pela prefeitura. O complexo é disputado por traficantes e milicianos e ocupa uma área estratégica por dar fundos para a Baía de Guanabara, o que facilitaria a entrada de armas e drogas. Fica perto também de vias expressas importantes da cidade: a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida Brasil.
De acordo com o IBGE, no ano 2000, a região possuía o 4º pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, 0,722. Na época, a renda per capita era de R$ 187,25, e a esperança de vida de apenas 66,5 anos.
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