A redução no total de pessoas assassinadas na capital paulista, registrada no primeiro trimestre de 2014, atingiu apenas os bairros centrais da cidade. A situação na periferia de São Paulo, palco de 9 em cada 10 homicídios, não melhorou.

Levantamento feito pelo R7 com base nas estatísticas divulgadas sexta-feira (25) pela Secretaria da Segurança Pública aponta que as 21 delegacias cujas sedes ficam dentro do centro expandido da cidade tiveram 36 pessoas assassinadas nos três primeiros meses deste ano. No mesmo período de 2013, o total de vítimas foi 42.

Os números representam uma queda de 14% no número de vítimas de homicídio na região central.

Já as 72 delegacias com sede fora do centro expandido da capital registaram no primeiro trimestre deste ano 273 pessoas assassinadas. O número é exatamente o mesmo do verificado em 2013.

Ou seja, a redução no número de pessoas assassinadas na periferia foi zero.

Zona sul lidera violência

Os números mostram que todas as dez regiões mais violentas da capital ficam fora do centro expandido.

A delegacia com maior número de pessoas assassinadas no primeiro trimestre de 2014 foi o 37º DP (Campo Limpo), na zona sul, com 16 mortos. O 25º (Parelheiros), também na zona sul, vem em seguida com 15 assassinatos.

Outras seis regiões acumulam mais de dez vítimas de homicídios no trimestre: 100º DP (Jardim Herculano) e 53º DP (Parque do Carmo) registraram 13 pessoas assassinadas; 47º (Capão Redondo) teve 11 vítimas; 73º DP (Jaçanã), 46º DP (Perus) e 101º DP (Jardim da Imbuias) foram palco de dez mortes.

A região mais violenta do centro da capital, segundo os números da secretaria, é a Sé, com seis homicídios.

Nos três primeiros meses do ano, 16 distritos policiais não registraram homicídio — seis deles no centro expandido e dez na região periférica.